SA3.6 - ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS NA APS: TERRITÓRIOS E INTEGRAÇÃO (TODOS OS DIAS)
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38993 - COMPETÊNCIAS PARA O TRABALHO COLABORATIVO E SATISFAÇÃO COM O TRABALHO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA JÚLIO CÉSAR GUIMARÃES FREIRE - UFPB, GERALDO EDUARDO GUEDES DE BRITO - UFPB, TAYNÁ BERNARDINO GOMES - UFPB, AUGUSTO JOSÉ BEZERRA DE ANDRADE - UFRN, ANGÉLICA PEREIRA DA CRUZ - UFPB, MATEUS OSÓRIO DA SILVA - UFPB, SILVIA LANZIOTTI AZEVEDO DA SILVA - UFJF
Apresentação/Introdução Na APS, o trabalho em equipe e a prática colaborativa representam estratégias que repercutem na resolutividade da ESF e promovem maior satisfação do trabalho pelos profissionais envolvidos. Nesse sentido, a análise da aproximação desses sujeitos com competências específicas e outros fatores contextuais se mostra importante ao revelar as contribuições do trabalho colaborativo na atenção à saúde.
Objetivos Identificar o grau de satisfação com as competências para o trabalho colaborativo em uma amostra de trabalhadores da ESF de João Pessoa/PB.
Metodologia Estudo quantitativo, realizado na ESF de João Pessoa/PB. A população-alvo foi composta por trabalhadores de nível superior da ESF e agentes comunitários de saúde (N=1737). A amostra do estudo (n=315) foi calculada por meio da fórmula n=N.Z2.p.(1-p) / Z2.p.(1-p) + e2.N-1. A amostra mínima foi estratificada por categoria profissional (63 cirurgiões-dentistas, 63 enfermeiros, 63 médicos e 126 ACS). A coleta de dados se deu por meio de um questionário autoaplicável e a análise dos dados por meio de estatística descritiva e do teste qui-quadrado. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal da Paraíba (parecer nº 3.281.041).
Resultados Foram entrevistados 349 trabalhadores da ESF (dentista n=63, enfermeiros n=68, médicos n=63 e ACS n=155). Os participantes declararam, em sua maioria, estarem muito satisfeitos ou satisfeitos com seu próprio trabalho (76,5%), com o trabalho de sua equipe (71,1%) e com as competências para o trabalho colaborativo: comunicação (74,5%); clareza de papéis (78,8%), dinâmica do trabalho em equipe (70,2%); liderança compartilhada (72,5%); resolução de conflitos (72,5%) e centralidade no usuário (77,9%). No entanto, dedicavam baixo percentual semanal de tempo em parceria com outros profissionais da ESF (md=10,00%) e com o NASF-AB (md= 5,00%).
Conclusões/Considerações A análise dos resultados revelou que embora os profissionais atuantes na ESF de João Pessoa/PB se considerem satisfeitos com o próprio trabalho e com o trabalho de sua equipe, eles não dedicam tempo suficiente de parceria com os demais profissionais a fim de materializar a colaboração interprofissional. Essa constatação sugere a necessidade de reflexões aprofundadas sobre a organização do trabalho na APS.
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