Sessão Assíncrona


SA3.5 - SABERES E PRÁTICAS NA APS: PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO (TODOS OS DIAS)

43906 - ARTICULAÇÃO ENTRE SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO MUNICÍPIO DE MARICÁ-RJ: UM TRABALHO EM REDE, TERRITORIALIZADO E COMPARTILHADO NO SUS
PRISCILA CALMON GARCIA - IMS/UERJ, IZADORA DOS SANTOS PRAÇA - UFF, ISABELA BRITO DA SILVA - UFRRJ, AMANDA DIAS MONTEIRO ALVARENGA - UFF, PATRÍCIA CAVALCANTI SCHMID - IPUB/UFRJ


Período de Realização
Início em 2021 e em curso nos dias atuais.

Objeto da experiência
A articulação entre a Saúde Mental e a Atenção Primária à Saúde (APS) através do trabalho em rede na cidade de Maricá-RJ.

Objetivos
Descrever o trabalho em rede das equipes dos Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), das Equipes Multiprofissional em Atenção Psicossocial (EMAP) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) do município de Maricá-RJ, a partir da interlocução com a Atenção Primária de Saúde (APS).

Metodologia
Trata-se de um relato das experiências de profissionais da EMAP, NASF e CAPS do município de Maricá/RJ, no contexto de um trabalho territorializado e integrado. O município em destaque, conta com 7 equipes NASF, 4 EMAP e com 3 CAPS (Infantil, Ad e II) e estrutura essa rede apesar dos últimos desmontes regulamentados pelo Ministério da Saúde através de suas últimas portarias.

Resultados
Através da itinerância essas equipes articulam o cuidado integral com a APS. Como estratégias do trabalho em rede, realizam ações conjuntas e multidisciplinares com enfoque na troca de saberes, visitas domiciliares em conjunto, espaços de supervisão, apoio matricial e corresponsabilização na discussão, condução e compartilhamento dos casos. As trocas contribuem com ampliação do acesso à saúde, conforme a necessidade real à pessoas com transtornos mentais de diferentes complexidades.

Análise Crítica
Diante de um momento nacional de sérios ataques às políticas públicas de saúde mental, Maricá faz outra aposta. O resultado se traduz na defesa e promoção de direitos e na afirmação democrática de que a cidade precisa ser para todas as pessoas. Por este motivo, o município conta com uma composição de rede que tem por enfoque a cidadania dos seus moradores e, por isso, a RAPS da cidade busca estabelecer uma ética de cuidado que reafirme o compromisso com a Reforma Psiquiátrica Brasileira.

Conclusões e/ou Recomendações
No dia a dia percebemos a força das intervenções compartilhadas entre APS e Saúde Mental, a acessibilidade proporcionada por elas e seus efeitos em evitar a institucionalização através de um cuidado ampliado. A partir desse trabalho em rede e territorial construímos as condições para que os usuários possam viver em suas casas, garantam seus direitos e cidadania através de um cuidado em liberdade e, também, contribuímos no fortalecimento do SUS.