SA3.5 - SABERES E PRÁTICAS NA APS: PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO (TODOS OS DIAS)
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43492 - CUSTOMIZANDO NOVOS TEMPOS E NOVAS PRÁTICAS: O INSTITUÍDO E O INSTITUINTE NA PROFISSÃO AGENTE COMUNITÁRIA DE SAÚDE OLGA MARIA DE ALENCAR - UECE, MARIA ROCINEIDE FERREIRA DA SILVA - UECE
Apresentação/Introdução As políticas públicas de saúde constituem-se de racionalidades macropolítica/micropolítica. No âmbito macro a organização do trabalho é institucionalizado e orientado pelo modelo biomédico. Na micropolítica assume racionalidades relacionais, que se operam nos espaços de maior circularidade de poderes. Os ACS assumem papel na promoção da política de saúde pública, do planejamento a execução.
Objetivos Cartografar as práticas dos agentes comunitários de saúde, articulando o instituído ao instituinte, enquanto sujeito inserido no contexto da APS.
Metodologia Estudo qualitativo com referencial da cartografia, onde o caminho da pesquisa pressupõe uma indissocialidade entre os momentos de produção e análise, consistindo numa relação implicacional. Produzido nos municípios de Aiuaba e Tauá, Ceará. Participaram 22 ACS, mulheres atuantes na zona urbana e rural, sendo 14 de Tauá e 8 de Aiuaba. Os dados são provenientes das oficinas, que ocorreram após a retomada do trabalho de campo de forma presencial. As oficinas são agenciamentos utilizadas no campo da saúde, com finalidades de troca de saberes e possibilidades de encontros produtivo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará.
Resultados Ações desenvolvidas pelos ACS encontra jogo de forças entre práticas instituídas e instituintes. Os ACS apontam multiplicidade de modo, como centralidade da prática social de promoção de saúde, ampliando o campo de atuação além do modelo de produção de saúde centrado na doença. Nova legislação traz a possibilidade de realização de alguns procedimentos discussão que atravessa desde a implantação. ACS arranjam formas para driblar o instituído, justificando as práticas assistencialistas, demarcando que o tempo não é o único determinante do fazer, mas o espaço de atuação. As ACS aludem que “customizar suas práticas é produzir costuras entre o instituído e as necessidades dos territórios.
Conclusões/Considerações A profissão ACS, apesar de normatizada, é palco de discussão tanto no âmbito da macropolítica como dentro do movimento da categoria. No mundo vivo do trabalho, percebemos que o processo não é engessado pela normatização. Os ACS vão produzindo toda uma geografia do trabalho, com linhas duras, flexíveis e de fuga, que se acoplam e se agenciam, criando fluxos e fixos com os movimentos de desterritorialização e reterritorialização.
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