SA3.5 - SABERES E PRÁTICAS NA APS: PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO (TODOS OS DIAS)
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38542 - INTERSETORIALIDADE NO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA JAQUELINE NAIBERT - UFRGS, CAMILA GIUGLIANI - UFRGS
Apresentação/Introdução Este trabalho é resultado de parte da pesquisa que compõe dissertação de mestrado profissional, realizada com profissionais que atuam no cuidado em saúde mental na Atenção Primária, cujo objetivo foi propor diretrizes de Educação Permanente em Saúde a fim de construir propostas para desatar os nós identificados pelos participantes. Dentre esses nós, destacam-se os da intersetorialidade no cuidado.
Objetivos Apresentar os nós relacionados ao trabalho intersetorial no cuidado em saúde mental vivenciados pelos trabalhadores da saúde que atuam na Atenção Primária de um município da Região Sul do Brasil.
Metodologia Estudo exploratório, de abordagem qualitativa, mostrando a percepção de diferentes atores envolvidos no cuidado em saúde mental: profissionais de saúde, gestores, agentes do controle social e representantes do meio acadêmico. A coleta de dados foi através de diálogos problematizadores baseado na teoria freireana. Os diálogos aconteceram virtualmente, por vídeo chamada e foram gravados a fim de servir de referência para as anotações da pesquisadora, a partir das quais foi realizada análise de conteúdo. A pesquisa foi aprovada pelos comitês de ética em pesquisa das instituições envolvidas, e todos os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido em formato eletrônico.
Resultados Participaram dos diálogos 30 pessoas. A partir do seu conteúdo, emergiram categorias e subcategorias, dentre as quais se destacou a dificuldade no trabalho intersetorial, caracterizada pelo pouco conhecimento e pela escassa participação no controle social. Além disso, a fragilidade da rede de apoio dos profissionais que não encontram suporte para manejar os casos, foi apontada como entrave para um cuidado qualificado em saúde mental. Há problemas na comunicação entre saúde, educação e assistência social e precarização dos serviços de Assistência Social, o que dificulta a efetivação do cuidado em rede.
Conclusões/Considerações O setor saúde, sozinho, não consegue dar conta de todos os desafios envolvidos no cuidado, especialmente na saúde mental, em que as situações costumam ser complexas, envolvendo centralmente outros setores, como assistência social e educação. Como resultado desta pesquisa, construiu-se um guia com diretrizes para educação permanente em saúde mental na APS, abordando, entre outras questões, a intersetorialidade.
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