Sessão Assíncrona


SA3.4 - ACOLHIMENTO E PRODUÇÃO DE CUIDADO NA APS (TODOS OS DIAS)

43129 - ACOLHIMENTO AO SOFRIMENTO PSÍQUICO/ SAÚDE MENTAL, NA ATENÇÃO PRIMÁRIA, POR EQUIPE MULTIPROFISSIONAL.
ELIZÂNGELA DE MORAIS SANTOS - UFBA


Período de Realização
A ação é desenvolvida desde 2015 de acordo com o planejamento mensal.

Objeto da experiência
Acolhimento do sofrimento psíquico/ Saúde Mental de usuários pela equipe multiprofissional no território, pela equipe multiprofissional do NASF-AB.

Objetivos
Acolher possíveis demandas de sofrimento psíquico/ saúde mental, na Atenção Primária.
Intervir nas demandas de saúde mental a nível da Atenção Primária e quando necessário encaminhar.
Matriciar diferentes categorias profissionais para realizar o acolhimento à demandas de sofrimento psíquico/ Saúde Mental.


Metodologia
As ações são planejadas pelos profissionais do NASF- AB, do município de Vitória da Conquista, com os profissionais das Equipes de Saúde da Família (EqSF), mensalmente, de acordo as necessidades do território. São ações que tem como responsável profissionais de diversas categorias, inclusive da EqSF. Nesse sentido, são atividades coletivas que acontecem em dispositivos existentes na comunidade, como igrejas, escolas, associações de bairro, ou mesmo nas unidades.

Resultados
Durante o período de realização da experiência diversas tentativas foram concretizadas nas 9 USF que o NASF-AB apoia. Com vários formatos tendo como responsável a psicóloga ou mesmo profissionais da EqSF, como enfermeira ou médico. Pode-se perceber que é uma atividade de difícil adesão pelos usuários e até mesmo por alguns profissionais. Mas, resultados positivos foram alcançados em relação a intervir em demandas de saúde mental na Atenção Primária, ou mesmo encaminhar para outros serviços.

Análise Crítica
Romper com a lógica do modelo biomédico ainda é um desafio a ser vencido nas práticas desenvolvidas nos espaços de cuidado à saúde, e em especial da saúde mental, que traz um histórico de violência e assistência desumana. Práticas não hegemônicas como da presente experiência requer do profissional uma resistência a cultura de uma prática clínica individualizante, onde é necessário dispensar uma energia, no sentido de não ceder as práticas que estão postas e institucionalizadas.

Conclusões e/ou Recomendações
Pode-se perceber que as ações de saúde mental na Atenção Primária envolve discursos como de incapacidade profissional, de áreas diversas, para acolher citadas demandas. Assim como, o descrédito dos usuários em práticas que não sejam clínicas. Fatores que dificultam a concretização das atividades coletivas, no território, para acolhimento das demandas de Saúde Mental que não necessitam de uma atenção especializada.