SA3.3 - SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (TODOS OS DIAS)
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43752 - MAPEAMENTO DO AMBIENTE ALIMENTAR EM UM TERRITÓRIO DE VULNERABILIDADE SOCIAL NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO CINTHIA MARIA DE BARROS MOSQUINHA DE PAIVA - UFRJ, LARISSA DA PAZ LIMA - UFRJ, BEATRIZ VENANCIO DE LIMA - UFRJ, EVELLYN REGINA HONORIO BARBOSA - UFRJ, ALINE ALVES FERREIRA - UFRJ, FERNANDA RIBEIRO DOS SANTOS DE SÁ BRITO - UFRJ
Período de Realização Realizado em 12/04/2022 à 17/06/2022 em São Cristóvão, Zona Norte no município do RJ - Brasil.
Objeto da experiência Mapear e analisar o ambiente alimentar em um território de grande vulnerabilidade social, onde residem os usuários de um Centro Municipal de Saúde
Objetivos Mapear o ambiente alimentar onde vivem os usuários de um Centro Municipal de Saúde
Compreender como é o acesso geográfico e econômico a alimentos in natura e a alimentos ultraprocessados no território e sua interface com as condições de saúde dos mesmos.
Metodologia O trabalho foi desenvolvido como avaliação final do estágio em Nutrição social. Foi a partir do diálogo com os profissionais de 3 equipes da unidade, bem como nas visitas domiciliares, que conseguimos localizar os diversos estabelecimentos que comercializam alimentos na região. Também tivemos acesso a uma planilha disponibilizada pela gerente da unidade com detalhamento geográfico do território, desta forma, conseguimos investigar minuciosamente cada microárea pelo Google Maps.
Resultados Foi observado que a maioria dos estabelecimentos contidos no território eram compostos por lanchonetes, bares e restaurantes que comercializavam predominantemente alimentos processados e ultraprocessados. Locais que ofertam mais alimentos in natura, como feiras, supermercados e sacolões, apresentaram menor prevalência no território. Quanto mais distante das principais vias de acesso à comunidade, menor a presença de estabelecimentos ofertando alimentos, tanto in natura quanto ultraprocessados.
Análise Crítica A maior oferta de alimentos ultraprocessados do que de alimentos in natura, o aumento do custo financeiro dos alimentos in natura, bem como a maior durabilidade dos ultraprocessados (importante quando o acesso é difícil), contribuem para maior consumo dos alimentos ultraprocessados. Muitos usuários destes territórios são acometidos por diabetes e hipertensão arterial e sabemos que diversas evidências científicas associam o consumo de ultraprocessados ao aparecimento de doenças crônicas.
Conclusões e/ou Recomendações As DCNT são cada vez mais prevalentes no Brasil, sendo a alimentação de qualidade parte importante da prevenção e tratamento. O ambiente alimentar pode contribuir para maior ou menor acesso a esses alimentos, e precisa ser compreendido como parte do problema mais amplo. Desta forma, é urgente que sejam construídas políticas públicas que promovam uma alimentação adequada e saudável e que regulem a comercialização de alimentos ultraprocessados.
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