SA3.3 - SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (TODOS OS DIAS)
|
43598 - CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E OBESIDADE ABDOMINAL EM ADULTOS: ESTUDO EM UMA METROPOLITANA BRASILEIRA NATHALIA BARBOSA DE AQUINO - UFPE, MARIA JOSÉ LAURENTINA DO NASCIMENTO CARVALHO - UFPE, NATHÁLIA PAULA DE SOUZA - UFPE/CAV, VANESSA SÁ LEAL - UFPE/CAV, VERONYKY GOMES DA SILVA - UFPE/CAV, ADRIANA MARCELA RUIZ PINEDA - UFPE, EMÍLIA CHAGAS COSTA - UFPE/CAV, FERNANDA CRISTINA DE LIMA PINTO TAVARES - UFPE, PEDRO ISRAEL CABRAL DE LIRA - UFPE, JULIANA SOUZA OLIVEIRA - UFPE/CAV
Apresentação/Introdução Os alimentos ultraprocessados são formulações industriais de substâncias extraídas ou derivadas de alimentos, que possuem pouco ou nenhum alimento inteiro em sua composição e que são comumente adicionados flavorizantes, corantes, emulsificantes e outros aditivos. Além disso, possuem uma alta densidade energética, açúcar livre e gorduras e seu consumo é regularmente associado a obesidade.
Objetivos Analisar a associação entre consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e obesidade abdominal em adultos da Região Metropolitana do Recife.
Metodologia Estudo transversal realizado com 361 adultos, com faixa de idade entre 20 e 59 anos, de ambos os sexos, residentes na Região Metropolitana do Recife, em 2019. Considerou-se os pontos de cortes da OMS para classificação da obesidade abdominal (OA), onde perímetro abdominal ≥ 94 cm para homens e ≥ 80 cm para mulheres, foi considerado como OA. O consumo alimentar foi avaliado com questionário de frequência alimentar contendo 13 AUP. A análise estatística foi realizada no SPSS 13, criando um índice de consumo de AUP, posteriormente dividido em quartil e considerado significativamente associado a obesidade abdominal quando p ≤0,05, utilizando os testes qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher.
Resultados A mediana de idade foi de 41 anos (DP= 11,04), 47,5% dos homens apresentaram obesidade abdominal (OA) e desses, 14% se encontravam no 4º quartil, indicando que faziam um maior consumo de alimentos ultraprocessados (p<0,02), comparados aos que não tinham OA. Com relação às mulheres observou-se que 86,3% estavam com OA e entre essas, 27,9% (p=0,98) tinham um consumo maior de alimentos ultraprocessados (4º quartil), em comparação as que não foram diagnosticadas com OA.
Conclusões/Considerações Houve associação estatística entre o consumo de AUP e OA em homens. Nas mulheres a falta de significância estatística, pode ser explicada a uma homogeneidade do elevado consumo de alimentos ultraprocessados, nesse grupo, não tendo contraste suficiente para demonstrar associação. Nesse sentido, é necessário o fortalecimento de atividades de educação alimentar e nutricional, voltadas para classificação NOVA de alimentos para o público estudado.
|