Sessão Assíncrona


SA3.3 - SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (TODOS OS DIAS)

41531 - COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE MULHERES COM EXCESSO DE PESO NO PÓS-PARTO
THAÍS PIRES BEZERRA - UECE, PABYLE ALVES FLAUZINO - UECE, BRUNO DE SOUSA ALMEIDA - UECE, GREYCEANNE CECÍLIA DUTRA BRITO - UECE, CAMILA GIRÃO OLIVEIRA ABDALA - UECE, DÂNGELA PINHEIRO PAIVA - UECE, JOÃO VITOR FERNANDES CARVALHO - UECE, CLÁUDIA MACHADO COELHO SOUZA DE VASCONCELOS - UECE, SORAIA PINHEIRO MACHADO ARRUDA - UECE, ILANA NOGUEIRA BEZERRA - UECE


Apresentação/Introdução
O excesso de peso é um problema comum, principalmente nas mulheres no período do pós-parto. O comportamento alimentar é um conjunto de ações realizadas sobre a escolha dos alimentos abrangendo fatores relacionados à sensação de fome e saciedade, estados motivacionais e processos fisiológicos e metabólicos e pode ser avaliado em três dimensões: emocional, externo e restritivo.

Objetivos
Caracterizar o comportamento alimentar de mulheres com excesso de peso no pós-parto.

Metodologia
Trata-se da análise dos dados de linha de base de um ensaio clínico randomizado, realizado com 111 mulheres entre 18 e 45 anos, com sobrepeso, que estavam no primeiro semestre do pós-parto. Aplicou-se o Questionário Holandês de Comportamento Alimentar (QHCA) com 33 itens sobre ingestão emocional, restrição alimentar e ingestão externa e respostas em escala de 5 pontos. Para identificar as três dimensões do QHCA (emocional, restritivo e externo), utilizou-se análise de componentes principais, considerando carga fatorial >0,6 e <-0,6. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará (CAEE: 38311920.6.0000.5534), nº. de parecer: 4.442.057.

Resultados
As participantes apresentaram uma média de idade de 29 anos (DP 6,73), a maioria se autodeclarou parda (71,2%), com renda média de 1 a 2 salários mínimos (70,3%) e em união consensual (36,9%). Com relação ao estado nutricional, o IMC médio diagnosticou obesidade grau I (30,8kg/m²; DP: 5,3). O estilo alimentar com menor pontuação foi o que evidenciou comportamento restritivo (20,5 pontos; DP: 9,5), já os estilos emocionais e externos obtiveram pontuações semelhantes (27,4; DP: 14,7 e 27,5; DP: 9,9, respectivamente).

Conclusões/Considerações
As mulheres avaliadas apresentam maior suscetibilidade a fatores emocionais e externos, sendo importante desenvolver estratégias de intervenção que considerem essas questões específicas do comportamento alimentar para melhor efetividade no manejo do excesso de peso nessa população.