SA3.3 - SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (TODOS OS DIAS)
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40113 - DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS DOS PADRÕES ALIMENTARES DA POPULAÇÃO DE PERNAMBUCO, BRASIL 2016 ADRIANA MARCELA RUIZ PINEDA - UFPE, NATHÁLIA PAULA DE SOUZA - UFPE, JULIANA OLIVEIRA - UFPE, VANESSA DE SÁ LEAL - UFPE, NATHALIA BARBOSA DE AQUINO - UFPE, IVANILDO RIBEIRO DOMINGOS JÚNIOR - UFPE, RENATA KELLY GOMES OLIVEIRA - UFPE, PEDRO ISRAEL CABRAL DE LIRA - UFPE
Apresentação/Introdução Os fatores socioeconômicos são importantes determinantes do consumo alimentar, dado que dietas adequadas em calorias e nutrientes estão associadas a maior riqueza e as dietas densas em energia e pobres em nutrientes com o nível socioeconômico mais baixo. A análise dos padrões alimentares é um método que reflete com mais precisão como os indivíduos consomem alimentos.
Objetivos Identificar os padrões alimentares predominantes entre adultos brasileiros residentes no estado de Pernambuco em 2016 e explorar a sua relação com determinantes socioeconômicos, partindo da Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição do 2015/2016
Metodologia Estudo analítico transversal baseado em dados secundários da II PESN, numa subamostra da população, que incluiu apenas adultos de 20 a 59 anos, que possuíam informações completas sobre consumo alimentar e dados socioeconômicos. Foram excluídas as gestantes e lactantes. A ingestão alimentar foi avaliada por meio de QFA qualitativo, 114 alimentos se classificaram em 20 grupos segundo seu valor nutricional e grado de processamento para a analises de Componentes principais seguida de rotação ortogonal varimax. O coeficiente KMO (0,70) e o teste de esfericidade (p<0,001) mostraram correlação adequada. O critério de autovalores > 1,0 foi usado para determinar o número de fatores a extrair
Resultados O 73% da população foi da área urbana, 64% mulheres, 37% tinha entre 40 e 59 anos, 47% estava desempregada, 26% recebia menos de um salário mínimo mensal e 37% recebia entre um e dois salários e somente o 28,5% tinha segurança alimentar. Retiveram-se três padrões alimentares, que explicaram 35,3% da variação na dieta; “Ultraprocessados” 16,5%, “Prudente” 9,9% e “Tradicional” 8,9%. O primeiro presentou maior aderência nas pessoas da área urbana, de 20 a 39 anos, com algum nível de escolaridade e segurança alimentar. O prudente, foi mias seguido pelas mulheres da área urbana, com escolaridade e com mais de um salário de renda e o tradicional foi mais frequente nos homes com emprego.
Conclusões/Considerações Os padrões Ultraprocessado e Prudente apresentam maior adesão pelas pessoas com maior escolaridade, o que parece contraditório, porém, diferentes estudos mostram que o nível educativo não está associado com a escolha de uma alimentação saudável. Neste estudo as pessoas com melhor nível socioeconômico, marcado pela renda, a escolaridade, a segurança alimentar e a família pequena, aderem se mais ao padrão Prudente.
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