Sessão Assíncrona


SA3.3 - SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (TODOS OS DIAS)

39862 - CONSUMO ALIMENTAR DE MICRONUTRIENTES, GORDURA SATURADA E TRANS ENTRE IDOSOS COM SINTOMAS DEPRESSIVOS
ANA PAULA ALVES DE SOUZA - UFMT, LÍDIA PITALUGA PEREIRA - UFMT, LORENA BARBOSA FONSECA - UFMT, ANA PAULA MURARO - UFMT, PAULO ROGÉRIO MELO RODRIGUES - UFMT, CRISTIANE SLUSARSKI - UFMT, DAYANE C. RODRIGUES PENTEADO - UFMT, FLÁVIA DA SILVA TAQUES VIEIRA TAQUES - UFMT, MÁRCIA GONÇALVES FERREIRA - UFMT


Apresentação/Introdução
A depressão é um dos transtornos mentais mais frequentes no mundo. Mudanças relacionadas ao envelhecimento tornam o idoso susceptível à depressão. A inflamação tem sido proposta como a base do mecanismo que liga a dieta à saúde mental.

Objetivos
Verificar se existe diferença no consumo de micronutrientes protetores para depressão, gordura saturada e trans, entre idosos com e sem sintomas depressivos.

Metodologia
Estudo transversal realizado com 425 idosos de uma capital do Centro-Oeste brasileiro. A presença de sintomas depressivos foi avaliada pela escala Geriatric Depression Scale (GDS-15), sendo adotado o ponto de corte ≥6 para a classificação dos indivíduos “com”/“sem” sintomas depressivos. O consumo alimentar foi avaliado por meio do recordatório alimentar de 24h. Nutrientes avaliados: fibras, magnésio, ômega-3, selênio, zinco, vitamina B6, vitamina C e vitamina D (protetores), e gordura saturada e trans (risco). Utilizou-se o teste t de Student na comparação das médias de consumo dos nutrientes. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFMT (parecer nº3.598.400).

Resultados
A prevalência de sintomas depressivos entre os idosos foi de 24,1%. A média do consumo de vitamina C foi menor entre os idosos com sintomas depressivos (164,22 vs 878,83; p-valor 0,02). Em relação à média do consumo dos nutrientes de risco para depressão, houve maior consumo de gordura saturada (93,53 vs 45,75; p-valor 0,01) e gordura trans (6,36 vs 3,11; p-valor 0,01) entre os idosos com sintomas depressivos. Não houve diferença entre as médias de consumo de fibras, magnésio, ômega-3, selênio, zinco, vitamina B6 e vitamina D, segundo a presença sintomas depressivos.

Conclusões/Considerações
Entre os idosos com sintomas depressivos houve maior consumo de gordura saturada e trans, e menor consumo de vitamina C. Ressalta-se a importância de ações de promoção da alimentação saudável entre idosos visando a melhoria da qualidade de vida e saúde mental.