Sessão Assíncrona


SA3.3 - SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (TODOS OS DIAS)

39774 - ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPORTAMENTO ALIMENTAR E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM MULHERES SEIS MESES PÓS-PARTO ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
CLÁUDIA MACHADO COELHO SOUZA DE VASCONCELOS - UECE, VITÓRIA NATIELI SILVA BARBOSA - UECE, ILANNA MARIA VIEIRA DE PAULA DE BRITO - UECE, PABYLE ALVES FLAUZINO - UECE, DANIELA VASCONCELOS DE AZEVEDO - UECE, SORAIA PINHEIRO MACHADO - UECE, MARIA KAROLINE LEITE ANDRADE - UECE, BEATRIZ LIMA ARNAUD - UECE, LENICE MATOS LIMA - UECE, ILANA NOGUEIRA BEZERRA - UECE


Apresentação/Introdução
O comportamento alimentar é um conjunto de ações e reações envolvendo o ato de ingerir alimentos, que são influenciadas por fatores ambientais, emocionais e sociais. Alguns estilos de comportamento alimentar estão associados ao consumo alimentar excessivo, ocasionando ganho de peso. Um marcador eficaz e de baixo custo para avaliar o ganho de peso é o Índice de Massa Corpórea (IMC).

Objetivos
Avaliar a associação entre comportamento alimentar e estado nutricional em mulheres no pós-parto atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS).

Metodologia
Trata-se de uma análise da linha de base de um estudo de intervenção, realizado em Fortaleza-CE. Participaram do estudo mulheres, idade entre 18 e 45 anos, nos seis meses pós-parto, com IMC ≥ 25kg/m² e sem transtornos alimentares. Aferiu-se peso e altura e aplicou-se o Questionário Holandês de Comportamento Alimentar (QHCA). A normalidade dos dados quantitativos foi avaliada através do teste Kolmogorov Smirnov. Para a análise do QHCA, foi empregado o teste de análise de componentes principais para evidenciar as três dimensões do instrumento (estilos emocional, restritivo e externo), considerando carga fatorial >0,6 e >-0,6. Para correlacionar o QHCA ao IMC, utilizou-se análise de regressão linear.

Resultados
Foram incluídas 111 mulheres, com média de idade de 29 anos ± 6,73, que se autodeclaram pardas n=79 (71,2%), com renda média de 1 a 2 salários mínimos n= 78 (70,3%) e em união consensual n= 41 (36,9%). A média do IMC diagnosticou obesidade grau I (30,8 ±5,3). Após ajustes, o componente emocional e restritivo do comportamento alimentar foi associado positivamente ao IMC (respectivamente β= 1,53 IC95% = 0,31-2,75; p= 0,015 ; β=1,27 IC95% 0,07-2,48; p=0,03).

Conclusões/Considerações
As dimensões emocionais e restritivas do comportamento alimentar foram associadas positivamente ao IMC. Tais achados demonstram necessidade de atenção não apenas ao consumo alimentar, mas ainda aos estados emocionais associados a este consumo em pessoas com excesso de peso.