SA3.3 - SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (TODOS OS DIAS)
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39397 - ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO ATENDIDAS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE 2012 A 2020 FERNANDA FERREIRA CORRÊA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ELIANA DE AQUINO BONILHA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, TARCÍSIO CANTOS DE MELO - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, CARMEN SIMONE GRILO DINIZ - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Apresentação/Introdução O estado nutricional durante a gestação tem grande influência nos desfechos como idade gestacional e peso do recém-nascido. O Sistema Integrado de Gestão de Atendimento (SIGA) da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP) registra o acompanhamento de usuários da atenção básica -SUS, incluindo informações do estado nutricional de gestantes durante pré-natal, não publicadas anteriormente.
Objetivos Avaliar o estado nutricional de gestantes atendidas na atenção básica na primeira consulta do pré-natal no município de São Paulo de 2012 a 2020.
Metodologia Estudo retrospectivo, descritivo, transversal, avaliados a partir da base do SIGA do município de São Paulo. A base foi cedida pela SMS-SP com a identificação de nomes, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da SMS-SP sob número 4.829.571. Este estudo é parte da pesquisa intitulada “Como tornar as intervenções no parto e seus desfechos mais visíveis aos sistemas de informação?” (financiamento do CNPq/ Fundação Bill e Melinda Gates). Realizada avaliação do estado nutricional pré-gestacional, considerando o valor registrado de peso e estatura até 13 semanas de gestação, calculado o IMC e classificado segundo OMS, desconsiderados valores nulos.
Resultados Em um total de 8.047.175,00 registros de consulta de pré-natal, sendo 1.174.115 gestações distintas e 716.873 até 13 semanas. Foram considerados 716.872 dados válidos de IMC. Observou-se que 3,97% mulheres apresentavam baixo peso, 45,89% peso adequado, 29,77% sobrepeso, 13,54% obesidade grau I, 4,84% obesidade grau II e 1,99% apresentavam obesidade grau III. Segundo o inquérito do Vigitel, 2021, a frequência de mulheres com excesso de peso no município de SP foi de 57,3%, um pouco superior ao presente estudo (50,14%). A partir de dados administrativos do SIGA, é possível subsidiar políticas públicas voltadas para melhorias do estado nutricional das mulheres, em especial durante a gestação.
Conclusões/Considerações Esse estudo é parte de um esforço de utilizar os dados do SIGA para pesquisas em saúde e nutrição. A grande parte das gestantes se encontravam na eutrofia no início da gestação, contudo existe uma alta prevalência de excesso de peso. O peso inicial é fundamental para o acompanhamento da gestação, e a avaliação do ganho de peso gestacional se torna essencial para prevenção de comorbidades durante a gestação.
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