SA3.2 - ANÁLISES E DESAFIOS PARA POLITICAS DE CUIDADO DAS IST/HIV /AIDS (TODOS OS DIAS)
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43921 - ANÁLISE DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV EM CENTRO DE REFERÊNCIA DE BELO HORIZONTE E AVALIAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE GABRIELLY SOUZA SENA - UFMG, GUSTAVO VARGAS BORGONGINO MONTEIRO - UFMG, GUILHERME CAMPOS DA SILVA COUTO - UFMG, HELOÍSA FREITAS FERNANDES MARQUES - UFMG, CAROLINA SANTIAGO FERNANDES - UFMG, LETÍCIA HELENA BRAGA MIRANDA - UFMG, CAROLINE KEILA RIBEIRO FERREIRA - UFMG, JOÃO PAULO FERREIRA RIBEIRO - UFMG, NICHOLAS KAYODE DA SILVA SOYOMBO - UFMG, MÁRIO DIAS CORRÊA JÚNIOR - UFMG
Apresentação/Introdução Com o surgimento da epidemia de AIDS há cerca de 40 anos, foram iniciados esforços no sentido de barrar sua transmissão, como o desenvolvimento de agentes antirretrovirais e pesquisas para melhor entendimento dos fatores de risco. Entre menores de 5 anos, mais de 90% das contaminações ocorrem por transmissão vertical (TV), evidenciando a importância do pré-natal para o controle de novos casos.
Objetivos Avaliar a efetividade de um complexo especializado na atenção às gestantes soropositivas, referência na região de Minas Gerais e componente do Sistema Único de Saúde, em comparação com o cenário global, analisando os desafios e perspectivas futuras.
Metodologia Foi feito recorte de uma coorte realizada no complexo do HC - UFMG desde 1997, em que analisamos 616 gestações de mães soropositivas e o desfecho sorológico dos filhos, nascidos de 2010 a 2020. Foram obtidos dados dos últimos relatórios do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) de 2019 a 2021 e revisões epidemiológicas realizadas nos EUA e Inglaterra. Os dados foram analisados quantitativamente, concomitantemente com o levantamento e discussão de medidas e projetos realizados aqui em nosso serviço, buscando evidenciar benefícios, garantias, desafios e perspectivas que se apresentam nesse campo para nossos pacientes, servidores de saúde e para o SUS.
Resultados Atualmente, no cenário global, o acesso à terapia antirretroviral e o controle da infecção vêm sendo atingidos na maioria dos países, de forma que houve a redução de 50% da TV de 2010 a 2020. Em nosso estudo, no decorrer dos 10 anos, a TV ocorreu em 1,3% dos casos, sendo compatíveis às taxas de países desenvolvidos devido ao acompanhamento pré-natal de qualidade independente das condições socioeconômicas, o tratamento da AIDS e a prevenção da TV proporcionadas pelo SUS. Como exemplo podemos citar o banco de leite humano que permite beneficiar filhos de mãe HIV+ com a amamentação. Apesar dos avanços, temos como desafio a dificuldade de manutenção do acompanhamento longitudinal das gestantes.
Conclusões/Considerações Nota-se que apesar dos avanços na redução das taxas de transmissão do HIV, ainda há um longo caminho pela frente. Nesse sentido, é evidente a necessidade de melhorias na realização do diagnóstico precoce e acompanhamento pré-natal de gestantes positivadas, bem como o aprimoramento de estratégias para aumento da adesão das grávidas e das crianças soropositivas ao TARV. Por fim, é notória a importância do SUS para a redução da taxa de TV no Brasil.
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