Sessão Assíncrona


SA3.2 - ANÁLISES E DESAFIOS PARA POLITICAS DE CUIDADO DAS IST/HIV /AIDS (TODOS OS DIAS)

43144 - PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ENTRE JOVENS HSH EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DA BAHIA
AGATHA MORGANA BERTOTI DA SILVA - IMS/UFBA, STEFANIE MARINA CORREIA CAIRO - IMS/UFBA, EMILLY SILVA ARAUJO - IMS/UFBA, LAIO MAGNO - ISC/UFBA, DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA/UFBA, FABIANE SOARES - ISC/UFBA, MARIA INES COSTA DOURADO - ISC/UFBA, LUCAS MIRANDA MARQUES - IMS/UFBA, DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA/UESC, DANIELLE SOUTO MEDEIROS - IMS/UFBA, GUILHERME BARRETO CAMPOS - IMS/UFBA


Apresentação/Introdução
Atualmente tem sido observado um aumento mundial nas taxas de infecções sexualmente transmissíveis (IST), sendo que a maior prevalência está associada aos grupos com maior vulnerabilidade, como jovens homens que fazem sexo com homens.

Objetivos
Estimar a prevalência de algumas IST e fatores associados com a ocorrência de sífilis entre jovens homens que fazem sexo com homens de 15 a 24 anos, no município de Vitória da Conquista - Bahia.

Metodologia
Estudo transversal, com jovens HSH com idade de 15 a 24 anos, realizada através do método amostral Respondent Driven Sampling (RDS), entre agosto-dezembro/2021. Foram aplicados questionários socioeconômicos e psicossociais, bem como foram realizados testes rápidos para sífilis, HIV, hepatite B e hepatite C. Os resultados dos testes foram classificados como reagente e não reagente. Estimativas de prevalências e intervalos de confiança 95% (IC95%) foram realizadas para cada teste. A associação da ocorrência testes positivos de sífilis foi avaliada segundo algumas variáveis selecionadas através do qui-quadrado, com nível de significância de 5%, e do software Stata, versão 15.1.

Resultados
Do total de 111 jovens HSH recrutados, a prevalência de teste reagente para sífilis foi de 16,2% (IC95: 10,4-24,4%) e 1,8% de HIV (IC95%: 0,4-7,0%). As demais IST avaliadas, como hepatite B e hepatite C, não tiveram resultados positivos. Verificou-se relação estatisticamente significativa entre sífilis e escolaridade até o ensino médio (p valor=0,040). O resultado positivo de teste rápido para sífilis esteve presente em 27,3% dos jovens com escolaridade até o ensino médio e 11,5% dos jovens que cursavam ensino superior. Não foram observadas outras associações estatisticamente significativas.

Conclusões/Considerações
O estudo revelou uma elevada ocorrência de testes positivos para sífilis e HIV, sinalizando a necessidade de uma busca ativa nessa população. A relação de maiores níveis de testes reagentes positivos para sífilis em indivíduos com menor escolaridade sugere a necessidade de mais ações educativas de promoção à saúde. São necessárias maiores investigações para avaliar a relação da prevalência dessas IST com outros fatores sociais e de comportamento.