Sessão Assíncrona


SA3.2 - ANÁLISES E DESAFIOS PARA POLITICAS DE CUIDADO DAS IST/HIV /AIDS (TODOS OS DIAS)

42656 - UM NOVO PROCESSO DE GESTÃO E DISPENSAÇÃO DOS ANTIVIRAIS NO SUS PARA TRATAMENTO DE HEPATITES VIRAIS B E C, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
CLARICE GDALEVICI MIODOWNIK - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ), CARLOS AUGUSTO DA SILVA FERNANDES - UNIVERSIDADE GRANDE RIO ( UNIGRANRIO), VANESSA TABATA NOBREGA DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE GRANDE RIO ( UNIGRANRIO), LORENA DE SOUZA PEREIRA - UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA (UNIVERSO), MARIO ROBERTO DAL POZ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ)


Período de Realização
De fevereiro de 2021 a maio de 2022.

Objeto da experiência
Analisar os desafios e conquistas da migração para o componente estratégico nas Unidades de Dispensação de Medicamentos no estado do Rio de Janeiro.

Objetivos
Relatar a experiência do processo de discussão e de pactuação nas instâncias municipal e estadual das UDM selecionadas e apresentar os resultados através do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos o número de tratamentos por região de saúde.

Metodologia
Após a regulamentação da migração do CEAF para CESAF do Ministério da Saúde para os estados, foi elaborado um diagnóstico das estruturas físicas e de recursos humanos dos municípios para implantação das UDM e uma proposta de rede foi levada às Vigilâncias Epidemiológicas das nove regiões de saúde do ERJ que aprovada pelas gestões municipais foi pactuada juntamente com o SICLOM nas Comissões Intergestores Regionais (CIR) e a seguir na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que pactuou as 58 UDM.

Resultados
Em todo estado do Rio de Janeiro, temos 61 UDM distribuídos em 39 municípios, sendo 13 UDM de gestão municipal e 48 UDM de gestão estadual. São 958 pacientes portadores de hepatite B em tratamento e 897 pacientes portadores de hepatite C tratados em todo território do Rio de Janeiro. Os municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu e os Centros de Referências do Polo de Hepatites, do Hospital Gaffrée Guinle e do Hospital Federal de Bonsucesso foram os que mais dispensaram no período analisado.

Análise Crítica
O processo de migração facilitou o acesso, diminuiu a burocracia e o tempo para o paciente receber os medicamentos em comparação com o sistema do CEAF. O SICLOM agiliza a dispensação cadastrando o paciente e fazendo a crítica automática da prescrição médica. Os relatórios disponíveis no sistema ainda não permitem uma avaliação mais aprofundada dos tratamentos dispensados e das características clínicas dos pacientes. O número de tratamentos deverá aumentar de acordo com o número de diagnósticos.

Conclusões e/ou Recomendações
A migração para o componente estratégico foi um processo exitoso, mas que precisa de aprimoramento na gestão, na logística dos medicamentos e com relatórios do SICLOM mais abrangentes bem como uma redução do número de formulários observados sem a notificação obrigatória. Recomenda-se uma maior participação dos profissionais de saúde da Atenção Primária na oferta de testes diagnósticos e tratamento dos casos não graves de Hepatites Virais B e C.