SA3.2 - ANÁLISES E DESAFIOS PARA POLITICAS DE CUIDADO DAS IST/HIV /AIDS (TODOS OS DIAS)
|
40202 - ABSENTEÍSMO DE CONSULTAS CLÍNICAS ENTRE HOMENS E MULHERES EM UM SERVIÇO ESPECIALIZADO EM HIV/AIDS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CAMILA SIMON - UNISINOS/RS, ANDREI FERNANDES DA ROCHA - UNISINOS/RS, THIAGO OLIVEIRA RODRIGUES - UNISINOS/RS, GABRIELA TIZIANEL DE CARVALHO - UNISINOS/RS, SIMONE NUNES ÁVILA - UNISINOS/RS, LINDSAY OLIVEIRA PIRES - UNISINOS/RS, VANEZA DE ANDRADE DA FONTOURA - UNISINOS/RS, RAFAEL STEFFENS MARTINS - UNISINOS/RS, CASSIANA BORGES SOARES - UNISINOS/RS, MARIA LETÍCIA RODRIGUES IKEDA - UNISINOS/RS
Apresentação/Introdução Em comparação com o restante do país, a região metropolitana de Porto Alegre – RS, local onde o serviço está localizado, conta com altas taxas de infecção e mortalidade por HIV/aids e possui uma epidemia com característica generalizada, com prevalência estimada em 2% na população. Um dos fatores preditores ao abandono do tratamento antirretroviral para o HIV é o absenteísmo às consultas clínicas de seguimento e a falta de continuidade nos cuidados em saúde.
Objetivos Analisar o absenteísmo de consultas clínicas entre homens e mulheres vivendo com HIV em um Serviço de Atenção Especializado (SAE) em HIV/aids do município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Metodologia Estudo transversal com dados secundários de 2.689 consultas médicas e de enfermagem em um serviço especializado em HIV. Foi descrita a proporção de absenteísmo de consultas clínicas segundo sexo, no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2021. Ademais, foram verificadas diferenças entre os grupos utilizando o teste de qui-quadrado e estimou-se a razão de prevalência de absenteísmo considerando nível de significância de 5%. Foram exportados os dados das agendas de consultas médicas e de enfermagem através do Microsoft AcessTM e analisados por meio do software JamoviTM. Esse serviço atua em parceria com a AIDS Healthcare Foundation Brasil (AHF) e é composto por equipe multiprofissional.
Resultados Do total de consultas, 50,6% foram para mulheres e 49,4% para homens. Foi verificado um absenteísmo total de 48,9% ao longo do período, onde 52,7% pelo sexo feminino e 47,3% das faltas foram do sexo masculino (p = 0,038). A razão de prevalência mostrou que PVHIV do sexo feminino apresentam até 1,09 (IC 95%, 1,00 – 1,17) vezes maior probabilidade de faltar às consultas clínicas ofertadas no SAE quando comparados às PVHIV do sexo masculino.
Conclusões/Considerações Foi analisado que mulheres utilizaram uma maior oferta de consultas e o absenteísmo nesse grupo foi maior em até 9% quando comparado aos homens. É possível que as mulheres faltem mais consultas porque utilizam uma maior oferta da agenda. Do mesmo modo, o absenteísmo constitui fator de risco para o abandono de tratamento, sendo que usuários faltosos possuem maior probabilidade de serem internados por complicações do HIV/aids.
|