SA3.2 - ANÁLISES E DESAFIOS PARA POLITICAS DE CUIDADO DAS IST/HIV /AIDS (TODOS OS DIAS)
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40161 - A PERCEPÇÃO DE USUÁRIOS SOBRE O ACOMPANHAMENTO EM SAÚDE NOS SERVIÇOS DE REFERÊNCIA AO HIV/AIDS NO SUS: ONDE ESTAMOS? DENIS FERNANDES DA SILVA RIBEIRO - UFPR, SOLENA ZIEMER KUSMA FIDALSKI - UFPR
Apresentação/Introdução Na busca por cuidados em saúde, as pessoas vivendo com HIV vivenciam diferentes realidades no acesso e integralidade aos serviços. Alguns desafios assistenciais podem ser danosos especialmente em populações com vulnerabilidades, pois afetam a vinculação, oneraram o tratamento e incrementam o risco de complicações e morte. E a análise destes desafios oferece subsídios a qualificação dos serviços.
Objetivos Caracterizar o acompanhamento em saúde em serviços de referência ao HIV/Aids no Sistema Único de Saúde na percepção de pessoas que vivem com HIV.
Metodologia Estudo transversal exploratório e descritivo e de abordagem quantitativa. A coleta de dados ocorreu por websurvey misto autoaplicado em pessoas que vivem com HIV e utilizam serviços do Sistema Único de Saúde. A amostragem foi não probabilística e mista, combinando amostragens por conveniência, por voluntários e por bola de neve. A divulgação da pesquisa e os convites ocorreram por meio de redes sociais (Instagram e Facebook) e e-mails. A análise dos dados ocorreu por análise estatística descritiva e por meio do SPSS Statistics 28. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Setor de Ciências da Saúde da UFPR sob o parecer 5.076.946/2021. A amostra contou com 202 participantes.
Resultados O tempo médio de diagnóstico do HIV era de 9,3 anos. Do total, 92,6% negaram dificuldades para testagem, 46% referiram ter iniciado o tratamento antirretroviral no momento do diagnóstico, 99% estavam em tratamento e 93,6% estavam indetectáveis. 83,2% eram vinculados prioritariamente a serviços de saúde públicos, que ficava em média a 50 minutos de distância da residência e que em 60,4% das vezes atendiam em horários compatíveis com as necessidades dos participantes. Para 67,8%, o serviço das consultas era o mesmo que dispensava os medicamentos, para 59,9% o serviço das consultas era o mesmo que realizava os exames laboratoriais e 78,7% negaram dificuldades para retirar os antirretrovirais.
Conclusões/Considerações Na percepção dos participantes a performance dos serviços de referência ao HIV/Aids estava adequada e detinha facilidades para o acesso. Persistem algumas questões relacionadas a distância dos serviços de referência da residência dos participantes, sobretudo em municípios do interior, bem como da fragmentação assistencial, em que serviços não conseguem ofertar um cuidado inteiro e demandam a peregrinação por vários outros serviços.
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