SA3.2 - ANÁLISES E DESAFIOS PARA POLITICAS DE CUIDADO DAS IST/HIV /AIDS (TODOS OS DIAS)
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39732 - MODELANDO A COMPLEXIDADE EPIDEMIOLÓGICA DO HIV/AIDS: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA E DE ESCOPO SOBRE MODELOS BASEADOS EM AGENTES E SUAS APLICAÇÕES RODRIGO VOLMIR REZENDE ANDERLE - ISC/UFBA, ROBSON BRUNEIRA DE OLIVEIRA - ISC/UFBA, FELIPE ALVES RUBIO - ISC/UFBA, JAMES MACINKO - UCLA, INÊS DOURADO - ISC/UFBA, DAVIDE RASELLA - ISC/UFBA
Apresentação/Introdução O enfrentamento da epidemia de HIV/AIDS passa pela retratação das suas complexidades. Modelos Baseados em Agentes (ABM) são um método de simulação em que o seu domínio são uma tecnologia chave para o desenvolvimento de políticas e intervenções. Nós realizamos uma revisão de bibliométrica e de escopo das aplicações de ABM em HIV/AIDS para identificar as aplicações e os players deste campo.
Objetivos Nosso objetivo é catalogar e mapear as aplicações e modelos baseados em agentes em HIV/AIDS, identificando seus objetivos, populações de interesse e regiões estudadas. Um segundo objetivo foi identificar os principais atores (players) desta literatura.
Metodologia Para o primeiro objetivo seguiu-se a extensão para revisões de escopo do PRISMA checklist. Buscamos artigos sem restrição de data de publicação na WoS, Scopus e PubMed com o termo MESH “HIV” no título, e “agent based” ou “agent-based” no artigo. Os artigos foram duplo-checados pelos critérios de inclusão: ser um estudo epidemiológico de HIV; ter uma aplicação de modelo baseado em agente. Os artigos foram categorizados em relação a seus objetivos, população e região. O segundo objetivo foi feitor através de uma revisão bibliométrica. Foram identificados os dez estudos-chave com base na rede de co-citação. Outras redes colaboração entre autores, instituições e países foram desenhadas.
Resultados Nós encontramos 73 artigos que aplicaram modelos baseados em agentes para tratar de HIV/AIDS. A maioria dos estudos objetivava representar a dinâmica de transmissão (23/78 – em relação ao total de categorias) em populações específicas (19/73 – em relação ao total de artigos) dos EUA ou da África do Sul (50/66 – em relação ao total de países). Estudos mais recentes focam em intervenções PrEP (10/78 – em relação ao total de categorias) e disparidades raciais (9/101 – em relação ao total de populações). A análise bibliométrica revelou que o campo científico é concentrado nos EUA, onde há uma forte cooperação entre autores e instituições e escassa colaboração com instituições de outros países.
Conclusões/Considerações A utilização ABM ainda é incipiente na epidemia de HIV/AIDS e seu uso é restrito a realidade dos EUA e da África do Sul. No caso dos EUA, este uso tem se concentrado para interpretar dinâmicas urbanas. Não há estudos sobre realidades latino-americanas, nem de outras dimensões de análise como os determinantes sociais da saúde. A concentração desta tecnologia levanta o questionamento em relação a quais complexidades são retratadas.
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