Sessão Assíncrona


SA3.1 - SAÚDE DO ADOLESCENTE (TODOS OS DIAS)

44717 - CUIDANDO DA AUTOLESÃO NÃO-SUICIDA NA ADOLESCÊNCIA: IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE
DIENE MONIQUE CARLOS - UFSCAR, LUIZA CESAR RIANI COSTA - UFSCAR, ISABELA MARTINS GABRIEL - UFSCAR, LETÍCIA ALEXANDRIN GIÁCOMO - UFSCAR, NATHALIA MARTINEZ - UFSCAR, FABIANO HENRIQUE OLIVEIRA SABINO - UFSCAR, INGRID PACHECO - UFSCAR


Apresentação/Introdução
As adolescências se apresentam como categoria social que experiência processos de construção e experimentação de suas identidades, impactada pelo momento histórico, social e cultural em que se desenvolvem. Podem vivenciar situações que as coloquem em sofrimento psíquico, podendo emergir comportamentos que as vulnerabilizam, como as autolesões.

Objetivos
Compreender os significados da autolesão não-suicida (ALNS) e seu cuidado para adolescentes que se autolesionaram, seus familiares e profissionais da educação e saúde.

Metodologia
Estudo qualitativo ancorado no Paradigma Complexo, realizado com oito adolescentes, cinco mães e vinte profissionais, em um município central do estado de São Paulo. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas, grupos focais e diários de campo nos anos de 2020 e 2021. A análise de dados ocorreu por meio da análise temática reflexiva.

Resultados
Emergiram duas temáticas - “Concebendo a ALNS na adolescência” e “Cuidando da ALNS na adolescência”. Os participantes trouxeram que a retroatividade se faz presente neste fenômeno – o olhar e cuidado ao adolescer implica no olhar e cuidado à ALNS, neste caso trazendo barreiras para que o mesmo ocorra de forma integral, acolhedora e respeitosa. Ademais, a recursividade denota as particularidades das adolescências como produtoras da ALNS, mas também produzidas por aspectos presentes nesse fenômeno – como a identificação entre pares para o efeito contágio.

Conclusões/Considerações
O estudo expõe a necessidade de construção de uma escuta ativa, acolhedora e respeitosa às vivências adolescentes; produzir ambiências nos serviços de saúde que permitam o acesso dos adolescentes e suas famílias, além de aprimorar efetivamente a interprofissionalidade e intersetorialidade para enfrentamento e prevenção do fenômeno, em especial na escola.