Sessão Assíncrona


SA3.1 - SAÚDE DO ADOLESCENTE (TODOS OS DIAS)

44417 - JUVENTUDES E CUIDADO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: REFLEXÕES A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS DE ACOMPANHAMENTOS MULTIPROFISSIONAIS E DE AÇÕES INTERSETORIAIS NOS TERRITÓRIOS
SOFIA LOPES PICCININI - RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO, CARINE DA FONTOURA FERNANDES - GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO


Período de Realização
De março de 2021 e em curso.

Objeto da experiência
Cuidado em saúde com juventudes na atenção básica.

Objetivos
Construir estratégias de aproximações com jovens e adolescentes, através de acompanhamentos multiprofissionais individuais em uma Unidade de Saúde (US) de Porto Alegre-RS e ações intersetoriais nos territórios, visando problematizar o cuidado em saúde com juventudes na atenção básica.


Metodologia
A partir da questão de como se organiza o cuidado em saúde para jovens e adolescentes no território, foi construído o percurso a partir de ações intersetoriais - planejamento e atividades junto a um Centro da Juventude (CJ) e a escolas pelo Programa Saúde na Escola (PSE) - e ações internas à US, como identificação de dados de juventudes no território e reflexões junto a equipe de Apoio Matricial sobre modos de qualificar os acompanhamentos em saúde de jovens e adolescentes.

Resultados
Observamos que a US pode ou não representar um espaço de cuidado em saúde para jovens. Não ressignificar esse processo de cuidado faz com que muitas vezes as equipes se fechem para demandas que emergem das juventudes. Houve uma qualificação no cuidado em saúde com jovens por parte da equipe da US, no decorrer dessas problematizações, e um entendimento de que há outros espaços de produção de vida e de saúde, para além do setor saúde, nos territórios.


Análise Crítica
Entendemos que a experiência despertou um questionamento, que é de um movimento permanente e dialético, de se nós, profissionais, nos transformamos com essa experiência, entendendo que o não acesso está relacionado, dentre outras coisas, às formas de acolhimento (ou não) das equipes. O trabalho com juventudes exige ação intersetorial, disposição a autocrítica e problematização constantes, e escuta ampliada não normativa, reconhecendo as intersecções raciais, de gênero e sexualidade.

Conclusões e/ou Recomendações
Entendemos que o trabalho na atenção básica com juventudes desperta questões nas/os profissionais dispostos a refletirem sobre isso. Pensar sobre a saúde de juventudes, é “ir até onde a juventude está”, saindo dos muros - por vezes nada acolhedores - da US. Em uma concepção ampliada em saúde, faz-se necessário fortalecer políticas sociais para juventudes, partindo de seu protagonismo, espaços esses que podem fazer “promoção em saúde”.