Sessão Assíncrona


SA3.1 - SAÚDE DO ADOLESCENTE (TODOS OS DIAS)

43779 - PREVALÊNCIA DE AUTORRELATO DE AGRESSÃO FÍSICA EM ESTUDANTES ADOLESCENTES: RESULTADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR - 2019
FABIANA MARTINS DIAS DE ANDRADE - UFMG, NÁDIA MACHADO DE VASCONCELOS - UFMG, CRIZIAN SAAR GOMES - UFMG, EDMAR GERALDO RIBEIRO - UFMG, LAÍS SANTOS DE MAGALHÃES CARDOSO - UFMG, ALAN CRISTIAN MARINHO FERREIRA - UFMG, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG


Apresentação/Introdução
Os episódios de agressão em adolescentes são um relevante problema de saúde pública devido os impactos ao longo da vida. Globalmente, as estimativas mostram que uma em cada duas crianças com idade até 17 anos experimentam algum tipo de violência anualmente. Assim, é importante monitorar a prevalência de agressão e a partir dessas informações estabelecer medidas para o seu enfrentamento.

Objetivos
Descrever a prevalência de autorrelato de agressão física por estudantes adolescentes no Brasil segundo sexo e tipo de instituição.

Metodologia
Trata-se de estudo transversal e descritivo, que utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2019, realizada nas escolas públicas e privadas do Brasil. Os indicadores estudados foram agressão física por sua mãe, pai ou responsável nos últimos 12 meses e agressão física por outra pessoa que não seja sua mãe, pai ou responsável nos últimos 12 meses. Calculou-se as prevalências e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) dos indicadores de agressão segundo sexo (masculino; feminino) e tipo de instituição (pública; privada). Considerou-se significativa a diferença quando não houve sobreposição dos IC95%.

Resultados
Dos estudantes entrevistados, 21,0% (IC95%:20,5;21,6) relatou ter sofrido alguma agressão física por sua mãe, pai ou responsável nos últimos 12 meses, sendo a maioria do sexo feminino (22,1%; IC95%: 21,3;22,9) e estudantes de escola privada (23,6%; IC95%:22,9;24,3). Quanto ao indicador de agressão física por outra pessoa que não seja sua mãe, pai ou responsável nos últimos 12 meses, 13,2% (IC95%:12,8;13,7) dos estudantes relataram ter sido agredido, a maioria do sexo masculino (14,4%; IC95%:13,8;14,9) e estudavam em escolas (16,4%; IC95%:15,7;17,0).

Conclusões/Considerações
Os resultados mostram diferenças no perfil de estudantes que relataram agressão. Para a agressão intrafamiliar, a maioria era do sexo feminino e a comunitária foi mais prevalente no sexo masculino. A agressão intrafamiliar está ligada às relações estabelecidas na família as questões de gênero e as desigualdades de renda e desemprego. Assim, é fundamental priorizar ações de prevenção e enfrentamento das agressões nas escolas e comunidades.