Sessão Assíncrona


SA3.1 - SAÚDE DO ADOLESCENTE (TODOS OS DIAS)

43009 - ENTRE OS VAZIOS EXISTENCIAIS E ASSISTENCIAIS: A SAÚDE NA RODA E NA FALA DE ADOLESCENTES E JOVENS
MARIANA RAMALHO RODRIGUES - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS., ROSANGELA BARBIANI - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE - UNIRV, BETINA BERLITZ - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS, GLENDA SABIO GARCIA - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS, RAFAELA SCHAEFER - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS, SANDRA MARIA CEZAR LEAL - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS, KELLI CHRISTIANE MELLO - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS


Apresentação/Introdução
Neste relato de pesquisa será apresentado um recorte temático de um projeto mais amplo de investigação que propôs a implantação da Linha de Cuidado de atenção integral à saúde de Adolescentes e Jovens (AJ) em Porto Alegre (POA) em 2021. O relato compreende coleta de dados do projeto realizada em 2019.

Objetivos
O estudo objetivou conhecer a condição do “ser” adolescente e jovem (AJ) em suas necessidades de saúde, apontando perspectivas para a Linha de Cuidado de atenção integral à saúde.

Metodologia
Trata-se de pesquisa participante, de abordagem qualitativa, que utilizou grupos focais como estratégia para coleta de dados. Os cenários da pesquisa foram seis das oito Gerências Distritais (GDs) de POA, que respondem a 17 distritos sanitários. Participaram do estudo 22 adolescentes e jovens, de 12 a 24 anos, moradores das comunidades adstritas às GDs indicados pelos serviços locais. A análise de conteúdo temática foi desenvolvida a partir das questões que nortearam a condução dos grupos focais: a) “como é ser e viver essas fases da vida?”; b) “quando o assunto é saúde de AJ precisamos falar de (...)”; e c) “quais são os problemas de saúde da sua comunidade e o que fazer para resolvê-los?”.

Resultados
Da análise de conteúdo temática, emergiram três categorias: concepções dos modos de ser e viver na adolescência e juventude; necessidades de saúde; e Rede de Atenção Integral à Saúde (RAS). Incertezas e expectativas condicionam as vivências dos AJ, produzindo sofrimento e responsabilizações. A saúde mental foi uma necessidade prioritária, enfatizando espaços de acolhimento e escuta. São indicados: ampliação da Rede de Saúde Mental; acesso à preservativos e absorventes menstruais; atividades de prevenção em saúde sobre ISTs e uso de substâncias psicoativas; informação do direito à autonomia, privacidade e sigilo nos atendimentos; e, ainda, comunicação inclusiva nos espaços de Controle Social.


Conclusões/Considerações
Conclui-se que, apesar da existência de diretrizes internacionais, nacionais e estaduais, os direitos à atenção integral precisam ser materializados nos territórios vivos, facilitando o acesso dos AJ ao sistema e qualificando o atendimento por meio da educação permanente em saúde. Destaca-se que o estudo contribuiu para se analisar a Linha de Cuidado sob a óptica dos adolescentes e jovens.