SA3.1 - SAÚDE DO ADOLESCENTE (TODOS OS DIAS)
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39742 - VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA EM ADOLESCENTES NO CEARÁ - REPETIÇÃO E MEIOS UTILIZADOS DE 2017 A 2021 ISABELA NATASHA PINHEIRO TEIXEIRA - UECE, OLÍVIA PAULINO PINTO - UECE, FRANCISCA JESSIKA NUNES DE MOURA - UECE, MANOELISE LINHARES FERREIRA GOMES - UECE, JANIEL FERREIRA FELÍCIO - UECE, MARIA ROCINEIDE FERREIRA DA SILVA - UECE, FRANCISCO JOSÉ MAIA PINTO - UECE
Apresentação/Introdução A violência autoprovocada é um grave problema de saúde pública, e pode ser expressa de formas distintas entre adolescentes. No Brasil, as formas mais utilizadas para o suicídio são enforcamento e intoxicação exógena e o histórico de violência contra si, são mais estudadas em mulheres. Faz-se necessário explorar sobre esse perfil em adolescentes no estado do Ceará.
Objetivos Identificar o perfil de notificações de violência autoprovocada por adolescentes no Ceará.
Metodologia Estudo epidemiológico descritivo com informações secundárias do DATASUS, sobre a frequência de adolescentes de 15 e 19 anos, residentes no Ceará com notificação de violência autoprovocada no Sistema de Informação de Notificação Compulsória (SINAN), de 2017-2021. As variáveis relacionadas a ocorrência de violência de repetição e meios utilizados. A coleta de dados foi realizada no TABNET, tabulação e análise estatística no Microsoft Excel® 2016. Foram identificados os campos ignorados/brancos e calculadas as frequências absoluta e relativa. Não foi necessária apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, mas obedeceu a Resolução nº 466/12.
Resultados De 2.759 notificações em adolescentes, a repetição de lesões ocorreu em 1.264 casos (45,81%). Assim, 518 (18,77%) foi registrado como ignorado ou em branco. Não foi constatada diferença de prevalência entre sexos (1,1). Quanto aos meios utilizados, 606 (17,04%) foi classificado como ignorado ou em branco. De todos os meios registrados, ambos sexos possuem maior frequência de envenenamentos, sendo a maioria de mulheres 1.317 (62,12%). Em seguida, tem-se os perfurocortantes, que em mulheres correspondem a 422 (19,91%) e homens 168 (20,27%).
Conclusões/Considerações As frequências indicam a maioria de mulheres na repetição de lesão e meio de autoagressão. O sub-registro, com informações em branco ou ignoradas, e dados parciais de 2020 e 2021 dificultaram a realização de análises mais criteriosas. É necessária a sensibilização de profissionais sobre abordagem no preenchimento dos campos das notificações, para melhor compreender o fenômeno e colaborar na instituição de políticas públicas.
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