Sessão Assíncrona


SA3.1 - SAÚDE DO ADOLESCENTE (TODOS OS DIAS)

39546 - O USO DE CIGARRO, NARGUILÉ, CIGARRO ELETRÔNICO E OUTROS INDICADORES DO TABACO ENTRE ESCOLARES BRASILEIROS: PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR
DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG, CRIZIAN SAAR GOMES - UFMG, FRANCIELLE THALITA ALMEIDA ALVES - UFMG, PATRÍCIA PEREIRA VASCONCELOS DE OLIVEIRA - SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, PAULA CARVALHO DE FREITAS - SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, MARIANA MALTA MELLO - UFJF, ANA JULIA MALTA DE MELLO - UJJF, ELTON SADY JUNIOR PRATES - UFMG, PEDRO HENRIQUE SILVA MENEGHETII - UFMG, ELLEN CRISTINE COELHO SANTOS - UFMG


Apresentação/Introdução
O uso de tabaco entre os adolescentes é um problema global, dado que o produto é altamente viciante e traz consequências para a saúde. Estudo apontou que a mortalidade por todas as causas na idade adulta foi maior em 151, 83 e 56%, respectivamente, entre os indivíduos que começaram a fumar nas idades de 5–9 anos, 10–14 anos e 15–19, comparados com os nunca fumantes.

Objetivos
Descrever a prevalência de indicadores do tabagismo entre escolares brasileiros segundo características socio-demográficas em 2019 e comparar as prevalências entre 2015 e 2019.

Metodologia
Utilizaram-se dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015 e 2019. Foram analisados os indicadores referentes ao uso do tabaco, que foram comparados entre as edições de 2015 e 2019. Foram calculadas as prevalências e os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) para a população total e segundo sexo, faixa etária e tipo de escola.

Resultados
Entre os escolares, 22,6% (IC95% 21,7–23,4) já experimentaram cigarro alguma vez, porcentagem mais elevada entre os de 16 a 17 anos de idade (32,6%; IC95% 31,4–33,8) e no sexo masculino (35,0%; IC95% 33,6–36,4). A experimentação de narguilé, cigarro eletrônico e outros produtos do tabaco também se mostra elevada, com 26,9% (IC95% 26,0–27,8), 16,8% (IC95% 16,2–17,4) e 9,3% (IC95% 8,8–9,8), respectivamente, sendo mais alta entre os escolares do sexo masculino de 16 a 17 anos. Não houve mudanças nos indicadores “experimentação do cigarro”, “fumar pela primeira vez antes dos 13 anos”, “fumar nos 30 dias anteriores à pesquisa” e “ter ao menos um dos pais fumantes” entre os anos indicados.

Conclusões/Considerações
Observa-se estabilidade nos indicadores de tabaco fumado entre 2015 e 2019, no entanto as prevalências de experimentação de cigarros e outros produtos do tabaco como narguilé e cigarro eletrônico são elevadas. Esses resultados destacam a necessidade de novas medidas regulatórias para o tabaco no Brasil.