Comunicação Coordenada

24/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC3.31 - EXPERIENCIAS E ESTRATÉGIAS DA ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

42162 - A RELAÇÃO ENTRE A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E A ATENÇÃO PRIMÁRIA NO PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS.
SAMUEL ARAUJO GOMES DA SILVA - EPSM/NESCON, JACKSON FREIRE ARAUJO - EPSM/NESCON, LUCAS PEREIRA WAN DER MAAS - EPSM/NESCON, ALICE WERNECK MASSOTE - EPSM/NESCON, DAISY MARIA XAVIER DE ABREU - NESCON, ANA CAROLINA MACIEL DE ASSIS CHAGAS - EPSM/NESCON, FLÁVIO ÁLVARES - CONASEMS, ALESSANDRO ALDRIN PINHEIRO CHAGAS - CONASEMS, SABADO NICOLAU GIRARDI - EPSM/NESCON, FRANCISCO EDUARDO DE CAMPOS - EPSM/NESCON


Apresentação/Introdução
A imunização se destaca como um dos vários processos de integração entre os serviços da atenção primária à saúde (APS) e da vigilância epidemiológica. Por compreender uma cadeia complexa que envolve desde a fabricação até o registro das doses aplicadas, há necessidade contínua de monitoramento da cobertura vacinal que orienta desde o processo de compra de novas doses até busca ativa dos faltosos.

Objetivos
Este trabalho buscou discutir a importância e os desafios da relação entre a vigilância epidemiológica e a APS no planejamento e execução das ações de imunização nos municípios brasileiros.

Metodologia
A metodologia da pesquisa compreendeu a combinação de técnicas qualitativas e quantitativas (surveys com gestores municipais de saúde de 84% dos municípios brasileiros, entrevistas, grupos focais e rodas de conversa) e contou com a participação de coordenadores de imunização, gestores municipais, trabalhadores da saúde e população de diferentes regiões do Brasil. A opção pelo método misto se deu pela possibilidade de aprofundamento nos temas investigados por meio da combinação de diferentes técnicas de coleta e análise de dados.

Resultados
Os resultados do survey com os gestores municipais apontam que em 54% dos municípios as ações de imunização estavam sob responsabilidade da Vigilância em saúde. As entrevistas evidenciaram que em grande parte dos municípios há sobreposição de funções na gestão das ações de imunização. Em alguns casos o coordenador de imunização é também o coordenador da APS e, por vezes, vacinador. Além disso, fica evidente nas entrevistas e grupos focais que apesar da integração dos serviços de atenção primária e a vigilância serem os pilares para a imunização, nem sempre há um fluxo de informações e comunicação entre essas duas áreas.

Conclusões/Considerações
A imunização se caracteriza por uma cadeia complexa e demanda estratégias distintas. Nos resultados da pesquisa fica evidente a importância de ações como a busca ativa de faltosos e políticas intersetoriais que incluam, por exemplo, as escolas na melhoria da cobertura vacinal. No entanto, a efetividades dessas ações demanda um diálogo constante entre a APS e as equipes de vigilância, que nem sempre acontece nos municípios brasileiros.