24/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.30 - TENDENCIAS E VULNERABILIDADES RELACIONADAS ÀS ENDEMIAS DE TUBERCULOSE E HANSENÍASE |
40318 - POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS E O ACOMPANHAMENTO DE TUBERCULOSE EM BELO HORIZONTE THIAGO GOMES GONTIJO - UFMG, THAIS RODRIGUES DE SOUZA - UFMG, BÁRBARA INGRID DE SOUZA SILVA - UFMG, BEATRIZ DO CARMO VELOSO DE OLIVEIRA - UFMG, LÍVIA CERF QUINTERO - UFMG, LARISSA SOLARI SPELTA - UFMG, VANESSA DE MOURA MACÁRIO - UFMG, KARINA PEREIRA DE ARAÚJO - UFMG, ALINE FIGUEIREDO CAMARGO - UNIBH, GISELLE LIMA DE FREITAS - UFMG
Apresentação/Introdução O adoecimento por tuberculose apresenta relação com os determinantes sociais da saúde. Existem populações com maior chance de acometimento pela infecção, como pessoas em situação de rua e privadas de liberdade. Tais públicos merecem atenção dos profissionais da saúde quanto ao diagnóstico e acompanhamento adequados, bem como das autoridades para o desenho de políticas públicas oportunas.
Objetivos Verificar a realização de exames diagnósticos e do acompanhamento da tuberculose entre população geral e as populações em situação de vulnerabilidade.
Metodologia Estudo epidemiológico dos casos de tuberculose notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação de Belo Horizonte/MG, 2001 a 2017. A população foi composta de casos confirmados, incluídos residentes do município, independente do meio de diagnóstico (baciloscopia, cultura e ou TRM) considerando apenas uma entrada no serviço. Realizou-se análise descritiva e distribuição de frequências absolutas e relativas das variáveis sociodemográficas e terapêuticas selecionadas, diferenciando-se população geral, população em situação de rua e privada de liberdade.
Resultados Totalizaram 21.841 casos, sendo 21.305 na população geral, 349 pessoas privadas de liberdade e 187 pessoas em situação de rua. A amostra foi majoritariamente masculina, faixa etária de 31 a 49 anos, autodeclarada parda, com baixa escolaridade e não beneficiária de programas de renda do governo. Os exames diagnósticos e o acompanhamento foram realizados com mais frequência nas populações vulnerabilizadas, com baixo uso do teste rápido molecular e do tratamento observado. Os privados de liberdade possuíram maior realização do tratamento diretamente observado. Ainda que pouco utilizado, o teste rápido proporcionou redução do tempo para início do tratamento.
Conclusões/Considerações A utilização restrita do teste rápido molecular e do tratamento diretamente observado sinaliza para a priorização do teste, por permitir a interrupção da cadeia de transmissão, e para a realização do tratamento observado, estratégia de adesão ao tratamento da tuberculose. Aponta-se a necessidade de os profissionais de saúde priorizarem o cuidado a públicos vulnerabilizados com os recursos disponíveis e ainda subutilizados.
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