24/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.29 - DOENÇAS DE TRANSMISSÃO VETORIAL E SEU IMPACTO NO BRASIL |
38322 - A EMERGÊNCIA DO ZIKA VÍRUS NO BRASIL E A RESPOSTA FEDERAL DOS SISTEMAS NACIONAIS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA CATIA VERONICA DOS SANTOS OLIVEIRA - ENSP/FIOCRUZ, VERA LÚCIA EDAIS PEPE - ENSP/FIOCRUZ, LENICE GNOCCHI DA COSTA REIS - ENSP/FIOCRUZ, MARIANA VERCESI ALBUQUERQUE - ENSP/FIOCRUZ, HENRIQUE SANT’ANNA DIAS - ENSP/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução As Emergências em Saúde Pública (ESP) repercutem nos sistemas de saúde e impõem desafios de resposta aos países. No final de 2015, a emergência do Zika vírus (ZIKV) e a sua correlação com a microcefalia e outras manifestações neurológicas jogou luz em antigos e novos desafios para a saúde pública, nos cenários internacional e brasileiro.
Objetivos Analisar a resposta federal dos Sistemas Nacionais de Vigilância em Saúde e Vigilância Sanitária frente à epidemia do ZIKV no Brasil, de 2015 a 2018, com foco nos contextos político-institucionais e no conteúdo das medidas governamentais.
Metodologia Tais elementos foram explorados por meio da análise de documentos governamentais e entrevistas com atores-chave, com os resultados interpretados à luz do institucionalismo histórico.
Resultados A resposta dos Sistemas de Vigilância se caracterizou pela multiplicidade de atores mobilizados e instâncias de contingência em funcionamento; e inserção prioritária da ESP na agenda política do governo federal. Observou-se convergência de objetivos e articulação dos atores federais dos dois sistemas estudados. O controle vetorial se constituiu no tema prioritário do plano nacional de resposta, presente em ações de mobilização comunitária e de desenvolvimento de novas tecnologias. As crises financeira e política se expressaram durante todo o período, impondo limitações alocativas de recursos financeiros novos; e indefinições quanto à continuidade das iniciativas propostas no pós-emergência.
Conclusões/Considerações Conclui-se que a ESP do ZIKV no Brasil foi marcada por uma limitada institucionalização de aprendizados e iniciativas estratégicas, reduzindo oportunidades para a (re)organização das vigilâncias e o espaço da Zika na agenda, sobretudo após o encerramento da emergência.
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