Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC3.27 - TENDENCIAS E GESTÃO DO CUIDADO NO ENFRENTAMENTO DA SÍFILIS NO BRASIL

41117 - DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DA TAXA DE INCIDÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL, ENTRE 2009-2018
ANNY BEATRIZ COSTA ANTONY DE ANDRADE - ILMD - FIOCRUZ AMAZÔNIA, URIEL MADUREIRA - ILMD - FIOCRUZ AMAZÔNIA, MARIA JACIREMA FERREIRA GONÇALVES - UFAM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS


Apresentação/Introdução
A Sífilis é uma doença infectocontagiosa ocasionada pela bactéria Treponema pallidum. Quando não tratada durante a gestação, a bactéria pode ser transmitida ao concepto via transplacentária ou durante o parto, acarretando desfechos como abortamento, prematuridade, baixo peso ao nascer, óbito fetal/neonatal ou Sífilis congênita

Objetivos
O objetivo foi analisar a distribuição temporal da taxa de incidência da Sífilis congênita no Brasil, por unidade federativa (UF), entre 2009 a 2018.

Metodologia
Estudo ecológico, com casos notificados de Sífilis congênita e número de nascidos vivos no período analisado, disponibilizados pelos Sistemas de Informação do Sistema Único de Saúde (SUS). Calculou-se a taxa de incidência acumulada da Sífilis congênita, para cada UF, nos períodos de 2009 a 2013 e 2014 a 2018, com respectivas variações percentuais (V%). Caracterizou-se o perfil sociodemográfico materno, assistência pré-natal e manejo da infecção na gestação.

Resultados
Identificou-se 156.422 casos de Sífilis congênita, sendo 41,38% concentrados na região sudeste. À exceção de Sergipe, as demais UF apresentaram aumento das taxas de incidência acumuladas ao longo do período. A maioria dos casos notificados ocorreu entre recém-nascidos de mães com idade entre 20 a 29 anos, de cor parda. À exceção da região nordeste, observou-se entre os casos notificados um aumento na escolaridade materna. A realização do pré-natal foi predominante entre a maioria dos casos notificados, o que possibilitou o diagnóstico de Sífilis materna durante a gestação. A inadequação do tratamento materno e a escassez de tratamento do parceiro foi presente em todas as UF analisadas.

Conclusões/Considerações
Foi possível identificar um aumento na taxa de incidência de Sífilis congênita no período analisado. Observa-se a necessidade de captação precoce das gestantes e parceiros para realização do pré-natal, possibilitando o diagnóstico, bem como a disponibilidade do tratamento para início imediato, de forma a prevenir a ocorrência da Sífilis congênita.