23/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC3.26 - EXPERIENCIAS E AVANÇOS EM SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA |
42724 - QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL SEGUNDO OS DADOS DA REDE CEGONHA JULYANA VIEGAS CAMPOS - IAM – FIOCRUZ PE, LOUISIANA REGADAS MACEDO QUININO - IAM – FIOCRUZ PE, DOMÍCIO AURÉLIO DE SÁ - IAM – FIOCRUZ PE, RAFAEL DA SILVEIRA MOREIRA - IAM – FIOCRUZ PE
Apresentação/Introdução A melhoria da qualidade da assistência à saúde materno-infantil, por estar associada a melhores resultados perinatais para a mãe e para a criança, é pauta relevante nas ações e estratégias lançadas pelo Ministério da Saúde com o intuito de se alcançarem desfechos mais positivos. Logo, é essencial que o foco dessas ações esteja voltado no ajuste da atenção pré-natal e puerperal.
Objetivos Avaliar a qualidade da assistência ao pré-natal segundo dados da Rede Cegonha
Metodologia Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, de base populacional, através de dados secundários dos bancos de dados produzidos pela Ouvidoria-Geral do Sistema Único de Saúde (OUVSUS). Fizeram parte da pesquisa as mulheres que tiveram filhos nos hospitais públicos ou conveniados ao Sistema Único de Saúde, totalizando 42.657 mulheres entre os anos de 2013 e 2014. A coleta de dados foi por meio de inquérito telefônico. A variável dependente foi Qualidade da Assistência Pré-natal e as variáveis independentes os fatores sociodemográficos e econômicos. Foi realizada a Análise de Classes Latentes com covariáveis.
Resultados Das 42.657 mulheres, 99% realizaram pré-natal durante a gestação. 92,1% das gestantes ou de seus acompanhantes, durante o pré-natal, passaram por alguma situação ruim (constrangedora ou desrespeitosa) causada pelos profissionais. No que diz respeito a solicitação de exames preconizados para as consultas de pré-natal, 86,6% das mulheres realizaram exame de urina e 88,8 % exame de sangue. Já com relação ao repasse de informações básicas 72,5% das mulheres não receberam informações sobre plano de parto, 73,9 não foram informadas sobre o direito à solicitação da anestesia no parto normal e 60,6% não sabiam sobre os benefícios das diversas posições para o parto normal.
Conclusões/Considerações Observa-se que a qualidade da assistência ao pré-natal pode ser melhorada frente a ações básicas executadas por profissionais da Atenção Primária, como o repasse de informações que auxiliarão no trabalho de parto, parto e percepção quando da ocorrência de violência obstétrica. Por outro lado, se tem uma execução adequada quanto a rotina de exames e práticas já estabelecidas no pré-natal.
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