Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC3.26 - EXPERIENCIAS E AVANÇOS EM SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA

38740 - ACESSO À SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DE MULHERES TRABALHADORAS RURAIS DURANTE A PANDEMIA DE COVID 19
CLAUDIA SUELY BARRETO FERREIRA - UNEB/UFBA, SILVIA LÚCIA FERREIRA - UFBA


Apresentação/Introdução
Estudo realizado durante emergência sanitária provocada pelo vírus Sars-Cov-2 (COVID-19), que nos fez questionar sobre de que maneira os desdobramentos da pandemia no Brasil impactaram o acesso à saúde pública reprodutiva e sexual de mulheres da área rural, em especial aquelas do Movimento de Mulheres Rurais do Nordeste (MMTR-NE).


Objetivos
Analisar o acesso aos serviços públicos de saúde reprodutiva e sexual de mulheres trabalhadoras rurais participantes do MMTR-NE durante a pandemia de COVID 19.

Metodologia
A pesquisa foi desenvolvida atendendo as Resoluções nº 466/2012 e n° 510/16, do CNS. Obteve-se a aprovação do CEP da UFBA. Todas as participantes assinaram o TCLE.
Trata-se de estudo exploratório, com abordagem qualitativa. O cenário foi virtual. Participaram 31 mulheres que atenderam aos critérios de inclusão: Associada ao MMTR-NE, trabalham e residem na zona rural de um dos estados do Nordeste, ser usuária do SUS, sem convênio privado de saúde e ter acima de 18 anos.
A coleta foi realizada entre janeiro e março de 2021, através do GOOGLE MEET, com duração média de 90 minutos. Usou-se a entrevista semiestruturadas e análise temática, para geração e análise subsequente de dados.


Resultados
Os dados relacionados à saúde sexual e reprodutiva dessas mulheres apontam que (74%) delas fazem uso exclusivo do serviço público de saúde, (29%) das participantes possuem mais que quatro (4) filhos, (71%) já realizaram o exame de mamografia em algum momento de suas vidas, (35%) relatam mais que um (1) ano, desde o último esfregaço cervico-vaginal. No que concerne aos métodos contraceptivos (42%) das entrevistadas relataram que realizaram laqueadura como método contraceptivo . Quanto à contaminação pelo Sars-Cov-2 dezenove (19%) das participantes dessa pesquisa relataram contaminação prévia com o vírus.

Conclusões/Considerações
A crise política e social exacerbada pela pandemia, somada às medidas de isolamento/distanciamento social, tornou as limitações de acesso a serviços de saúde reprodutiva e sexual público algo corriqueiro. Os desrespeitos aos direitos constitucionais, bem como ausência de investimento às políticas públicas de saúde, possuem maior implicância na qualidade de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade.