Comunicação Coordenada

24/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC3.25 - TRANSTORNOS MENTAIS E OS DESAFIOS PARA O CUIDADO

44347 - EDUCAÇÃO EM DOR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA – MODELO DE ATENÇÃO BIOPSICOSSOCIAL DO NASF-AB
PAULA TORREZANI SALES - NASF-AB MUNICÍPIO DE ANCHIETA ES, TATIANE BOSSATO - NASF-AB MUNICÍPIO DE ANCHIETA ES, IARA SOUZA RIBEIRO RIGUETE - NASF-AB MUNICÍPIO DE ANCHIETA ES, ADRIANA GONÇALVES DE FREITAS - NASF-AB MUNICÍPIO DE ANCHIETA ES, FERNANDO MARCIO ARAÚJO DUTRA - NASF-AB MUNICÍPIO DE ANCHIETA ES, HELENA PANTOJA - NASF-AB MUNICÍPIO DE ANCHIETA ES


Período de Realização
O Grupo de Educação em dor transcorreu entre novembro e dezembro de 2021 e março e abril de 2022

Objeto da experiência
Manejo multidisciplinar da dor crônica na saúde pública

Objetivos
Construir e implementar um grupo de Educação em dor pelo NASF-AB do município de Anchieta (ES), com intervenção multidisciplinar e integrativa aos pacientes de dor crônica assistidos pela Estratégia de Saúde da Família.

Metodologia
Foram realizadas orientações do ciclo vicioso da dor crônica e crenças disfuncionais com questionário de autoavaliação do impacto na rotina diária. Foram formadas rodas de conversa sobre a interferência nas relações familiares e sociais e dinâmica de autorretrato do sofrimento emocional. Abordou-se também um plano alimentar antiinfamatório e uso de chás na modulação do sono, orientação de exercícios com ênfase na funcionalidade e uso de auriculoterapia para manejo do estresse

Resultados
O trabalho de educação em dor apontou desfechos positivos na prevenção de imobilidade, gerenciamento do estresse emocional e maior empoderamento do paciente em usar as informações nas tomadas de decisões em saúde, com consequente melhora de qualidade de vida. A construção conjunta do conhecimento e as estratégias ativas estimulam mudanças comportamentais necessárias para desenvolver letramento funcional em saúde e autogerenciamento da condição crônica

Análise Crítica
O cuidado ao paciente de dor crônica é um desafio aos profissionais de saúde pela complexidade dos fatores biopsicossociais envolvidos em sua modulação. O trabalho de educação em dor possibilita integrar o paciente como participante ativo do tratamento, com estratégias de enfrentamento e autocuidado para promoção de saúde e com comunicação adequada às necessidades do paciente

Conclusões e/ou Recomendações
O programa multidisciplinar de Educação em dor se mostra como uma perspectiva eficaz para o manejo da dor crônica no âmbito do SUS, pois se trata de tecnologia leve, de baixo custo e acessível, capaz de proporcionar maior conhecimento e autoeficácia para promoção de saúde. O trabalho em grupo permite maior alcance, sendo uma terapia não medicamentosa reprodutível de forma coletiva, importante diante do aumento da demanda, com recursos limitados.