Comunicação Coordenada

24/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC3.25 - TRANSTORNOS MENTAIS E OS DESAFIOS PARA O CUIDADO

40300 - COORDENAÇÃO E LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA INDIVÍDUOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO
YURI EDUARDO PAIVA DO NASCIMENTO - UFPE, RAFAELA LOPES DE SOUZA D´TONY - UFPE, CYNTHIA MARIA BARBOZA DO NASCIMENTO - UFPE, MONESKA MARA DE PÁDUA TOSCANO BARRETO - UFPE, ALLANA NAYARA SOARES DA SILVA - UFPE, MARIA LUIZA LOPES TIMÓTEO DE LIMA - UFPE


Apresentação/Introdução
A Atenção Primária à Saúde (APS) apresenta a coordenação do cuidado que tem como objetivo planejar a assistência ao usuário. Já a longitudinalidade do cuidado, corresponde a uma fonte regular de atenção ao longo do tempo. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é uma condição neurodesenvolvimental, caracterizada por déficit sociocomunicativo e comportamentos restritos e repetitivos.

Objetivos
Avaliar a coordenação e a longitudinalidade do cuidado na APS para indivíduos com TEA.

Metodologia
Estudo de série de casos. Foram incluídos: duas fonoaudiólogas do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF-AB) e sete crianças com TEA, com até doze anos incompletos. Foi elaborado um instrumento qualitativo, apresentando: item de afiliação e análise dos atributos (coordenação e longitudinalidade do cuidado). As respostas foram transcritas e categorizadas no Microsoft Word. Os resultados foram apresentados através de um quadro síntese, evidenciando: sexo, idade, escolaridade, idade do diagnóstico para o TEA e vínculo(s) com o(s) serviço(s) de saúde; além de um Fluxograma Descritor (FD). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº 4.739.649.

Resultados
Os sete indivíduos apresentaram idade entre três e nove anos, sendo todos do sexo masculino, com escolaridade entre o ensino infantil III e 4º ano do Ensino Fundamental. Quanto à idade para a confirmação do diagnóstico para o TEA, apresentaram idade mínima de 2 anos e máxima de 5 anos. Os casos foram identificados pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS´s) nos territórios e compartilhados nas reuniões. Na perspectiva das profissionais, evidenciou-se uma relação fragmentada entre a APS e o CAPSi, através do seguinte relato: “Encaminhamos os usuários para o serviço da Rede Psicossocial, e devido à alta demanda pelo serviço alguns usuários não são acolhidos e retornam com os encaminhamentos”.

Conclusões/Considerações
Evidenciou-se a importância da APS no cuidado aos usuários com TEA, por meio de ações integradas, envolvendo discussões dos casos e reconhecimentos da singularidades dos indivíduos nos territórios, o que permitiu o fortalecimento de vínculos terapêuticos e encaminhamentos qualificados. Identificou-se uma relação fragmentada entre a APS e o CAPSi, dificultando o acesso à intervenção psicossocial.