24/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.25 - TRANSTORNOS MENTAIS E OS DESAFIOS PARA O CUIDADO |
38646 - SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS DE UMA COORTE DE BASE POPULACIONAL (2009 – 2022) MORGANA AMANDA VEQUI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – SC - UFSC, DANÚBIA HILLESHEIM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – SC - UFSC, THAMARA HUBLER FIGUEIRÓ - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – SC - UFSC, CASSIANO RICARDO RECH - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – SC - UFSC, KARINA MARY PAIVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – SC - UFSC, ELEONORA D´ORSI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – SC - UFSC, ANNA QUIALHEIRO - INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS DA VIDA E DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE DO MINHO, PORTUGAL
Apresentação/Introdução A depressão é considerada um dos problemas mais comuns em idosos, sendo considerada um grande problema de saúde pública que necessita de especial atenção das equipes e gestores de saúde. Os sintomas depressivos podem ser influenciadores em outros diagnósticos dentro da saúde mental.
Objetivos Estimar o efeito do tempo na incidência de sintomas depressivos em idosos participantes de uma coorte de base populacional.
Metodologia Trata-se de uma análise longitudinal, realizada com dados de uma coorte de idosos (60 anos ou mais), Estudo EpiFloripa Idoso, que tem acompanhado uma amostra populacional de idosos residentes em Florianópolis, sul do Brasil, desde 2009. . O desfecho do estudo foi a incidência de sintomas depressivos nas ondas de acompanhamento medidas pela Escada de Depressão Geriátrica (GDS), em que seis ou mais pontos pode-se suspeitar de depressão, de acordo Almeida (1998). A exposição foi o tempo entre as quatro ondas do estudo. Foram excluídos indivíduos com dados em apenas uma das ondas e os idosos com suspeita de depressão da onda de base (n=20).
Resultados A amostra foi composta por 151 idosos. A incidência de suspeita de depressão foi de 8,5% na Onda 2, 7,4% na Onda 3 e 11,9% na Onda 4. Para verificar o efeito do tempo escore do GDS, utilizou-se um modelo de análise longitudinal (Equações de Estimativa Generalizadas - GEE) com intervalos de confiança de 95% para estimar os coeficientes ß. O tempo exerceu um efeito significativo no aumento de sintomas depressivos na análise bruta (Coef.: 0.19, p = 0,013) e ajustada (Coef.: 0,21; p=0,007) por sexo, idade e escolaridade.
Conclusões/Considerações Foi possível observar aumento na incidência dos sintomas depressivos em idosos acompanhados nesta coorte. Os sintomas depressivos podem ter origem primária ou secundária a outra disfunção da saúde mental, como o declínio cognitivo. Entender o estado de saúde mental de idosos é de extrema importância para auxiliar na elaboração e planejamento de políticas públicas para a atenção à saúde do idoso de maneira a promover um envelhecimento saudável.
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