24/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.25 - TRANSTORNOS MENTAIS E OS DESAFIOS PARA O CUIDADO |
38375 - TENDÊNCIA TEMPORAL DE INTERNAÇÃO POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS NO BRASIL MAYONARA FABÍOLA SILVA ARAÚJO - UFRN, HÉLLYDA DE SOUZA BEZERRA - UFRN, ISABELLE RIBEIRO BARBOSA - UFRN
Apresentação/Introdução Os problemas de origem mental são responsáveis por uma carga significativa de doenças em todo o mundo, correspondendo a um terço do total de morbidades em nível global. O Brasil é um país que apresenta elevado número de pessoas acometidas por transtornos mentais, demandando necessidade do uso dos serviços de saúde psiquiátricos e muitas vezes de internação.
Objetivos Avaliar os padrões espaciais das internações por transtornos mentais e comportamentais no Brasil.
Metodologia Estudo ecológico de base populacional, de tendência temporal, baseado em dados secundários registrados no Sistema de Informações de Internações Hospitalares do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Considerou-se como variável desfecho as internações decorrentes de Transtornos mentais e comportamentais, ocorridas no Brasil no período de 2001 a 2020, por local de residência. Para a análise das tendências temporais foi realizada a análise de Regressão Joinpoint. Neste modelo foi estimada a Annual Percentage Change e o Average Annual Percent Change, levando-se em consideração estimando se os valores são estatisticamente significativos (p<0,05).
Resultados O Brasil registrou 220,6 internações/100.000 pessoas no ano 2001 e 92,85 internações/100.000 no ano de 2020 para as taxas de internação por transtornos mentais e comportamentais. As Regiões que apresentaram as mais elevadas taxas foi a região Sudeste (258,78 internações/100.000) no ano de 2001 e a Região Sul (281,82 internações/100.000) no ano de 2011. As taxas apresentaram tendência de aumento no período de 2001 a 2020 para o Brasil (APC= 1.5%; IC95% -5.8; 9.3). A tendência foi de redução significativa para a região Nordeste (APC= -6.9%; IC95% -12.1;1.4). As regiões Sudeste, Sul e Centro-oeste apresentaram tendência de redução, no entanto, sem significância estatística.
Conclusões/Considerações Mesmo com o processo de desinstitucionalização na política de saúde mental do Brasil, este ainda apresenta elevadas taxas de internações por transtornos mentais e comportamentais. É necessária uma reavaliação das políticas públicas quanto ao acesso aos serviços de saúde mental da atenção primária, evitando que esses indivíduos necessitem de uma internação por transtornos mentais.
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