23/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC3.24 - CUIDADO EM SAÚDE MENTAL E A ARTICULAÇÃO DA RAPS |
44227 - ACOLHIMENTO, ACESSO E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: A CONSTRUÇÃO DE UMA LEITURA COLETIVA PARTINDO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA GABRIEL NASCIMENTO ROCHA - ENSP, PRISCILA SANTANA DE ALMEIDA - ENSP, MATHEUS VERAS MARTINS - ENSP, MARIA BIRMAN CAVALCANTI - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - RIO DE JANEIRO, LUANA LARA RODRIGUES CAETANO - ENSP, EDUARDA GARCEZ ALMEIDA - ENSP, AMANDA BESSA RIBEIRO DE LIMA - ENSP
Período de Realização O projeto teve início em junho de 2022 e segue em andamento.
Objeto da experiência O acolhimento e acesso a uma Unidade Básica de Saúde e sua interface com a atenção psicossocial.
Objetivos Qualificar o acesso, acolhimento e a organização do fluxo de chegada de usuários à unidade de saúde; levantar as angústias, considerações e sugestões de profissionais da saúde (em particular ACS) e usuários; construir espaços de escuta e circulação das queixas psicossociais na Atenção Básica.
Metodologia O primeiro passo do processo foi a consulta em reunião às ACS da unidade sobre qual seria a melhor forma de trocar sobre seus anseios e angústias no acolhimento às demandas; a partir daí, optou-se por acompanhar em um turno semanal a sua rotina no espaço, abrindo um espaço de escuta também para o lidar com questões psicossociais. Pretende-se realizar consulta às enfermeiras e usuários, além de posterior sistematização dos resultados obtidos e apresentação deles à gerência.
Resultados Até o momento, o principal resultado da intervenção foi uma aproximação entre a equipe multiprofissional de residentes e as ACS da unidade. No entanto, espera-se construir um relatório detalhado sobre os principais desafios e possibilidades no que diz respeito ao acolhimento no local, com ênfase na forma que se recebem questões de ordem psicossocial. Caso necessário, pretende-se sugerir alterações no fluxo do acolhimento à gerência.
Análise Crítica Apesar dos avanços recentes na construção da Atenção Básica, ainda há muitos limites, especialmente no acesso à unidade. Informações equivocadas, encontros desconfortáveis, pressões na rotina de trabalho, etc., tornam o processo difícil especialmente para ACS e usuários. É necessário ouvir as diferentes perspectivas e construir coletivamente novas formas de acolhimento, atentas ao sofrimento psíquico e às violências estruturais que se apresentam na chegada aos serviços de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações Recomenda-se a construção de um processo amplo, que abra espaços de escuta e troca entre diferentes setores da unidade. A consulta aos usuários deve ser estruturada e permitir o “falar mal” do equipamento. Todas as experiências devem ser sistematizadas para posterior discussão com todos da UBS, de forma a discutir maneiras de qualificar o atendimento e ajustar o fluxo que usuários percorrem.
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