Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC3.23 - DESAFIOS DO PROCESSO DE REGIONALIZAÇÃO NO SUS

38742 - DESAFIOS DO PROCESSO DE REGIONALIZAÇÃO DO SUS NA MACRORREGIÃO DE SAÚDE VALES SOB A PERSPECTIVA DOS GESTORES REGIONAIS DE SAÚDE
MARINA ELIS CAVALLI - UFRGS, PRISCILA FARFAN BARROSO - OPAS, ANA PAULA DE CARVALHO - ESP/RS, BEATRIZ DE ARRUDA PEREIRA GALVÃO - SES/RS, KAREN CHISINI COUTINHO LÜTZ - SES/RS, ANDRÉ LUIS ALVES DE QUEVEDO - SES/RS, CRISTIAN FABIANO GUIMARÃES - SES/RS


Apresentação/Introdução
A regionalização do Sistema Único de Saúde objetiva o planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços em saúde. Este estudo analisou a Macrorregião de Saúde Vales no Rio Grande do Sul, composta por três Coordenadorias Regionais de Saúde, instância responsável pelo planejamento e monitoramento do SUS no território. Entretanto, muitos desafios analisados enfraquecem esse processo.

Objetivos
Analisar desafios do processo de regionalização da Macrorregião Vales do Rio Grande do Sul sob as perspectivas dos gestores regionais.


Metodologia
Este estudo qualitativo é um recorte do projeto “Análise dos Processos de Regionalização, Gestão e Planejamento para a Implementação das Redes de Atenção à Saúde no Rio Grande do Sul”. Para tanto, realizaram-se entrevistas semiestruturadas com Gestores Regionais da Macrorregião Vales do RS, transcritas, codificadas no NVivo e analisadas. Esta se deu por análise temática, tendo como temas norteadores: histórico da regionalização; governança e suas instâncias de pactuação; planejamento regional; Redes de Atenção em Saúde e; avanços e desafios. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e os entrevistados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados
A partir da análise das entrevistas dos gestores regionais foram observados desafios referentes ao processo de regionalização na Macrorregião de Saúde Vales do RS. No tópico Governança e Instâncias de Pactuação identificaram-se questões de indicações políticas, alta rotatividade, falta de conhecimento e falta de proatividade dos gestores, não horizontalização das relações, dificuldade de entender o papel da Coordenadoria Regional, falta de apoio do nível central e ação cartorial do controle social. Com relação ao tópico Planejamento Regional, observou-se os entraves da pauta assistencialista das reuniões da CIR, da dificuldade em fazer mudanças e da falta de recursos financeiros.

Conclusões/Considerações
Com fracas instâncias de pactuação, equipes sem expertise e sem proatividade, pautas assistencialistas e relações verticalizadas, nota-se um processo majoritariamente cartorial e com pouco protagonismo. Tais fatores evidenciam as dificuldades na gestão dos serviços e ações de saúde na Macrorregião Vales do RS. Portanto, essa análise permite refletir sobre as práticas atuais de governança e gestão das RAS e da regionalização no Estado.