44865 - USO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO BRASIL: RESULTADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE, 2019 PATRICIA BOCCOLINI - FMP/UNIFASE, CRISTIANO BOCCOLINI - ICICT/FIOCRUZ, ISLÂNDIA MARIA CARVALHO DE SOUSA - FIOCRUZ, INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES
Apresentação/Introdução A prevalência de uso das PICS vem crescendo em todo mundo e esse percentual pode variar 10% a 75% dependendo da metodologia utilizada nos estudos. As mulheres, maiores de 40 anos, com alta escolaridade e renda são as que mais usam PICS. Na PNS de 2013 foi observada uma prevalência do uso de PICS de 4,5% (mais de 7 milhões de adultos maiores de 18 anos) no Brasil.
Objetivos Analisar fatores associados a prevalência do uso de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) no Brasil.
Metodologia Trata-se de estudo observacional com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 que avaliou amostra de adultos brasileiros. O desfecho foi o uso de PICS, como acupuntura, homeopatia, plantas medicinais e fitoterápicos, meditação e yoga nos últimos 12 meses. Foi estimado modelo de regressão logística, com 95% de intervalo de confiança, para avaliar os fatores associados ao uso de PICS.
Resultados A prevalência do uso de PIC foi de 5,2% (4,8%-5,6%). Plantas medicinais e fitoterápicos, 3,0(2,7-3,33), acupuntura 1,4(1,3-1,6), homeopatia 0,9(0,7-1,0), meditação 0,7(0,6-0,8) e yoga 0,4(0,4-0,5). Foi observada maior prevalência de PIC na região Norte, onde os fitoterápicos foram mais frequentes 3,7(2,81-4,75). No modelo ajustado, as mulheres, pessoas mais velhas e com maior nível educacional e renda per capita foram as que mais utilizam todos os tipos de PIC. Destaque de yoga entre as mulheres 3,6(2,49-5,28) e entre indivíduos com maior renda per capita 7,5(2,97-18,93); meditação entre indivíduos com maior nível educacional 13,4(6,41-28,33).
Conclusões/Considerações Na PNS de 2019, as perguntas sobre uso de PICS foram “fechadas” e limitadas à oito tipos, o que pode ter subestimado os dados de prevalência do uso dessas terapias no Brasil. Diante disso, sugerimos uma padronização das perguntas para que nossos resultados possam ser comparáveis com estudos internacionais.
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