Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC3.19 - A INCORPORAÇÃO DAS PICS NO SUS: POTENCIAS E SINGULARIDADES

40925 - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NO CUIDADO A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
PAULO HENRIQUE MAI - UNIFESP, JUAREZ PEREIRA FURTADO - UNIFESP, SONIA MARIA MOREIRA BEZERRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MARINGÁ, ELIZABETH LAET DE SANTANA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MARINGÁ, SABRINA ASCUI KARANTINO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MARINGÁ, NATÁLIA PIERDONÁ - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ


Período de Realização
A experiência se encontra atualmente em curso, tendo iniciado no primeiro semestre de 2021.

Objeto da experiência
Equipe de Consultório na Rua de Maringá/PR.

Objetivos
Relatar o uso de Praticas Integrativas e Complementares em Saúde por uma equipe de Consultório na Rua como tecnologia de cuidado e recurso para prover autonomia das pessoas que vivem ou habitam as ruas, em consonância com as Políticas Nacionais de Práticas Integrativas e de Atenção Básica.

Metodologia
A experiência se deu no município de Maringá/PR, onde profissionais da equipe multidisciplinar do Consultório na Rua (CnR) dominam técnicas de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e passaram a utiliza-las a fim de aprimorar a qualidade atendimento. A fitoterapia é distribuída pela assistência farmacêutica do município; a acupuntura é praticada pelo médico, a massagem ayurvédica é aplicada pela enfermeira; e a terapia comunitária integrativa por toda a equipe.

Resultados
Dos 1.093 atendimentos realizados em 2021, revisão de prontuários evidenciou o uso de PICS em 302 deles, sendo que em 196 atendimento se utilizou da fitoterapia, 73 acupuntura, 28 terapia comunitária integrativa e 5 massagem Ayrvédica. Medidas de contingência devido ao Covid-19 fizeram com que práticas individuais prevalecessem frente às de grupo. As principais queixas abordadas por PICS foram dor osteomuscular, lesões de pele, ferimentos corto-contusos, pirose e questões de saúde mental

Análise Crítica
A equipe identifica, entre os usuários, boa aderência às PICS que demonstram resolutividade frente às queixas mais comuns na Atenção Primária, auxiliam na aderência ao plano terapêutico e no vínculo dos usuários à equipe, além de estimular a prática de autocuidado. Uma das questões identificadas é que o uso das PICS está relacionada a disponibilidade de um determinado profissional para aplica-la, e na ausência deste ela deixa de ser ofertada.

Conclusões e/ou Recomendações
As PICS, presentes no Sistema Único de Saúde desde os seus primórdios e institucionalizada em 2006 pela PNPIC, podem ser aplicadas no cuidado das pessoas em situação de rua, com potencial resolutividade frente às demandas frequentes na Atenção Primária em Saúde.