23/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.18 - AVANÇOS E RETROCESSOS DOS NASF PARA A QUALIFICAÇAO DA APS |
41081 - OS NÚCLEOS AMPLIADOS DE SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF-AB) DIANTE DAS NOVAS POLÍTICAS DO SUS: UM ESTUDO EM UMA REGIÃO DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO NATHALIA DENARDI CASOTTI - UFSCAR, WAGNER DOS SANTOS FIGUEIREDO - UFSCAR
Apresentação/Introdução Nos últimos anos o SUS vem sofrendo importantes transformações políticas e em seu financiamento. A PNAB 2017 reconhece outras formas de organização da Atenção Básica (AB) e possibilita a atuação do NASF-AB nesses diferentes modelos de organização. Em 2019, o Previne Brasil retira o financiamento federal das equipes NASF-AB, além de alterar toda a estrutura de financiamento da Atenção Básica.
Objetivos Conhecer o trabalho dos NASF-AB de uma região do interior do Estado de São Paulo, buscando identificar as repercussões das mudanças implementadas nas políticas da atenção básica nos últimos anos.
Metodologia Pesquisa exploratória em dois momentos. Primeiro, aplicou-se questionário on-line aos gestores da AB dos municípios da DRS III/SP para mapear os NASF-AB existentes ou não. Em seguida, serão realizados grupos-focais com trabalhadores dos NASF-AB para discutir possíveis mudanças em seus processos de trabalho. Os primeiros dados foram analisados a partir das planilhas elaboradas pelo Google Forms. O estudo segue as orientações da Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, está de acordo com as Orientações para procedimentos em pesquisas em ambiente virtual da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar, através da Parecer nº5.219.318.
Resultados Todos municípios responderam ao questionário, sendo que 58,3% contam com equipes NASF-AB. Os que não têm atualmente, justificaram, entre outros motivos, a falta de disponibilidade orçamentária. Dos municípios com NASF, quase metade refere que já questionou a manutenção da equipe devido ao desfinanciamento federal. Além dessas questões, a pandemia também comprometeu a atividade da maioria das equipes, sendo as atividades coletivas e as reuniões de matriciamento as mais citadas. No entanto, a maioria dos gestores relatou que a PNAB 2017 não impactou o trabalho das equipes e um gestor apontou impacto positivo, pois permitiu que os NASF atuassem em outras equipes de saúde, além das ESF.
Conclusões/Considerações Além do cenário pandêmico comprometer os processos de trabalho das equipes na região estudada, as novas políticas públicas de financiamento da AB desestimulam o matriciamento no território. Dado a baixa percepção dos gestores dos impactos da PNAB 2019 aos NASF, há necessidade de aprofundar essa percepção a partir da visão dos trabalhadores, além de considerar se tais gestores reconhecem o objetivo proposto para os NASF na sua criação em 2008.
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