Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC3.16 - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO E OS DESAFIOS DA HESITAÇÃO VACINAL

42146 - PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE HESITAÇÃO VACINAL EM TERRITÓRIOS MUNICIPAIS BRASILEIROS
FABIANA GUERRA PIMENTA - EPSM/NESCON, JACKSON FREIRE ARAUJO - EPSM/NESCON, ALICE WERNECK MASSOTE - EPSM/NESCON, SAMUEL ARAUJO GOMES DA SILVA - EPSM/NESCON, FERNANDO ANTÔNIO CAMARGO VAZ - EPSM/NESCON, ANA CAROLINA MACIEL DE ASSIS CHAGAS - EPSM/NESCON, ROSÂNGELA TREICHEL - CONASEMS, FLÁVIO ÁLVARES - CONASEMS, SABADO NICOLAU GIRARDI - EPSM/NESCON, FRANCISCO EDUARDO DE CAMPOS - NESCON


Apresentação/Introdução
A hesitação vacinal é um fenômeno mundial. É possível observar a existência de grupos específicos que demoram a aceitar ou recusam vacinas que estão disponíveis. Há vários fatores que contribuem para a decisão de se vacinar ou não que vão desde a existência de barreiras de acesso como horários e locais de salas de vacina não compatíveis, a desinformação sobre vacina e os movimentos anti-vacinas.

Objetivos
Investigar questões sobre a prática cotidiana de vacinação de profissionais de saúde, em relação à percepção de hesitação vacinal e recursos de informação sobre a vacinação.

Metodologia
Foram realizados dois surveys com profissionais de saúde que realizam ações de imunização, indagando sobre prática cotidiana e experiência de vacinação, percepção de hesitação vacinal e recursos de informação sobre a vacinação em geral. Um total de 1.005 profissionais de salas de vacina, de todas as regiões geográficas do país, responderam a um survey por meio de Entrevistas Telefônicas Assistidas por Computador (ETAC) e 110 pediatras de consultórios privados responderam a um survey online.

Resultados
Os profissionais e os pediatras entrevistados relatam um aumento da relutância ou hesitação por parte dos pacientes em se vacinar, embora os percentuais de recusa completa ocorram com pouca frequência, indicando que a percepção de hesitação é maior do que a recusa de fato. Entretanto, para parte dos entrevistados, a hesitação vacinal tem aumentado nos últimos anos. Os principais motivos apresentados pelos profissionais para os pacientes não se vacinarem incluíram a preocupação com os efeitos colaterais, o medo de agulhas, o fato de o paciente conhecer ou já ter ouvido falar de alguém que teve uma reação adversa e que há muitas vacinas sendo administradas ao mesmo tempo.

Conclusões/Considerações
A maioria dos profissionais entrevistados reconhece que as vacinas são seguras, são eficazes e confiam nas recomendações do PNI e no sistema regulatório brasileiro. São profissionais que, em sua maioria, acreditam ter acesso adequado aos recursos de informação que os ajudam a resolver as preocupações dos pacientes sobre a vacinação e se sentem confortáveis para prescrever, recomendar e aplicar as vacinas para os diversos grupos populacionais.