23/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.15 - SAÚDE DO IDOSO: DEMANDAS E DESAFIOS PARA A PRODUÇÃO DE CUIDADO |
41142 - FATORES PREDITORES DE FRAGILIDADE EM IDOSOS ADSCRITOS À ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: UM ESTUDO COORTE PROSPECTIVO DANIELE SIRINEU PEREIRA - UFMG, CLARISSA DA SILVA FLORES - UFMG, IZADORA CAETANO LIMA DE ALMEIDA SANTOS - UFMG, ULLY ALEXIA CAPRONI CORREA - UFMG, NATÁLIA REYNALDO SAMPAIO - UFMG, NATHÁLIA CELESTINO DA SILVA - UFMG, JULIA CÔRTES CAVALCANTI - UFMG, SILVIA LANZIOTTI AZEVEDO DA SILVA - UFJF, BÁRBARA ZILLE DE QUEIROZ - FACULDADE PITÁGORAS
Apresentação/Introdução Diante do envelhecimento populacional a síndrome da fragilidade impõe desafios ao processo de cuidado da pessoa idosa. Idosos frágeis têm risco aumentado de desfechos adversos como quedas, hospitalização, incapacidade e morte. Esse cenário implica em maior ônus financeiro para o sistema público de saúde devido a maior demanda de assistência médica e serviços de reabilitação para essa população.
Objetivos O objetivo do estudo foi identificar fatores preditores da condição de pré-fragilidade e fragilidade em idosos adscritos à Estratégia Saúde da Família pode contribuir para o planejamento de ações preventivas e gerenciamento dos serviços de saúde.
Metodologia Estudo coorte prospectivo, com 416 idosos (71,5 anos ± 7,8), acompanhados por 12 meses. A fragilidade foi avaliada pelo Fenótipo de Fragilidade pelos componentes: perda de peso não intencional no último ano, exaustão, nível de atividade física, força de preensão palmar e lentidão da marcha. Fatores sociodemográficos, clínicos (comorbidades, polifarmácia, quedas), hábitos de vida (tabagismo, álcool, atividade física) e físico-funcionais (equilíbrio, mobilidade) foram investigados como preditores por um modelo de regressão logística multinomial. A variável dependente foi categorizada como: Frágeis, Pré-Frágeis e Não Frágeis. O modelo foi ajustado para a condição de fragilidade no baseline.
Resultados Na amostra, a prevalência de idosos pré-frágeis foi de 46% e 23% de idosos frágeis após 12 meses de acompanhamento. A análise de regressão indicou que o baixo desempenho no Timed Up and Go test (TUG) (OR: 1,094; IC%95: 1,011 - 1,184) foi um fator preditor para a condição de pré-fragilidade. Uma pior condição nutricional (OR: 0,829; IC95%: 0,703 – 0,978), história de quedas nos últimos 12 meses (OR: 0,316; IC95%: 0,141 – 0,708), maior risco de quedas (OR: 0,709; IC95%: 0,522 - 0,962) e baixo desempenho no TUG (OR: 1,116; IC95%: 1,030 - 1,210), foram preditores para o estado de fragilidade.
Conclusões/Considerações A menor mobilidade foi um preditor tanto para fragilidade e pré-fragilidade em idosos. A pior condição nutricional, história e risco de quedas foram preditores do idoso ser frágil após 12 meses. Uma vez que todos esses fatores são passíveis de intervenção, testes de rastreio devem ser incluídos na abordagem do idoso no contexto da Atenção Primária, visando o melhor gerenciamento do processo de cuidado da pessoa idosa.
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