22/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.12 - PLANEJAMENTO, GESTÃO PÚBLICA E PROCESSOS DE PRIVATIZAÇÃO |
44915 - "SECRETÁRIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE: ELAS CADA VEZ MAIS, ELES GANHAM MAIS" MANUELLA RIBEIRO LIRA RIQUIERI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, THIAGO DIAS SARTI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, ANDRÉ LUÍS BONIFÁCIO DE CARVALHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, ASSIS LUIZ MAFORT OUVERNEY - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA/FIOCRUZ, KARLLA DANNIELLE DA SILVA GUEDES - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Apresentação/Introdução A constatação do aumento da participação feminina nos cargos de gestão evidencia o avanço histórico da ocupação das mulheres em funções que geralmente eram ocupadas por homens. As Secretarias Municipais de Saúde retratam esse avanço, na medida em que se identifica a ampliação da presença feminina à frente deste cargo. Estudos apontam o aumento gradativo de mulheres gestoras ao longo da história do SUS.
Objetivos O presente trabalho tem como objetivo analisar o perfil salarial de gestores municipais que conduzem as Secretarias Municipais de Saúde brasileiras.
Metodologia Este trabalho constitui-se um recorte de um estudo realizado em 2017 no âmbito da “Pesquisa Nacional do Gestores Municipais do SUS”, desenvolvida pela Escola Nacional de Saúde Pública e pela Universidade Federal da Paraíba, com o apoio do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, 2.313 gestores participaram do estudo. A variável referente ao perfil salarial foi correlacionada ao grau de instrução dos participantes em termos de frequência, e os dados devidamente analisados.
Resultados Identificou-se o aumento da proporção de mulheres gestoras à medida que o salário para o cargo diminui. Na faixa salarial de até 5 salários mínimos, 61% dos gestores são do sexo feminino, enquanto 39% masculino. Entre 5-10 salários mínimos, 56% dos gestores são do sexo feminino e 44% são homens. Na faixa de mais de 10 salários mínimos, 33,6% são do sexo feminino e 66,3% do sexo masculino. Constatou-se que as mulheres que ocupam o cargo de secretária e recebem mais de 10 salários-mínimos possuem maior nível de escolaridade que os homens.
Conclusões/Considerações Apesar do avanço da participação das mulheres nos espaços de poder, a feminização da gestão ainda enfrenta barreiras como o fato de se exigir delas um maior nível de escolaridade em relação aos homens para ocuparem a mesma função. A desigualdade salarial se configura um entrave para a legitimação do lugar da mulher nas funções de liderança.
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