22/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.11 - OS DESAFIOS DA SUPERAÇÃO DAS DESIGUALLDADES NOS TERRITÓRIOS E POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS |
43880 - QUALIFICANDO PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA (AP) PARA O CUIDADO CULTURALMENTE COMPETENTE À SAÚDE DE MIGRANTES E REFUGIADOS FABIANA CHICRALLA SIQUEIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO (SMS/RJ), DIOGO DE LA REZA FELIX - ORGANIZAÇÃO INTERNACIOANAL PARA AS MIGRAÇÕES (OIM), FERNANDA RODRIGUES DA GUIA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, JOANA SOARES CORDEIRO LOPES - ALTO COMISSÁRIO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA REFUGIADOS (ACNUR), JULIANNA GODINHO DALE COUTINHO - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Período de Realização Realizada nos dias 16 e 26 de novembro de 2021, na modalidade presencial
Objeto da experiência Oficina de Capacitação para profissionais da Atenção Primária à Saúde do município do Rio de Janeiro: Cuidado à saúde de migrantes e refugiados
Objetivos Qualificar profissionais da rede de Atenção Primária à Saúde do município do Rio de Janeiro para garantia do acesso e cuidado à saúde culturalmente competente à população migrante e refugiada
Metodologia A Oficina foi organizada pela SMS/RJ, MS, OIM e ACNUR, em 03 eixos temáticos: breve contextualização geopolítica, saúde como direito e saúde no processo migratório. A utilização de metodologias ativas, como: exposição dialogada, discussão de caso e rodas de conversa - inclusive com migrantes -, permitiu valorizar e enriquecer o debate com a experiência do cotidiano de profissionais que atuam nas unidades de maior concentração de populações migrantes e refugiadas
Resultados A partir de uma avaliação qualitativa, os 50 profissionais que participaram da Oficina, ressaltaram a importância de uma discussão permanente frente às especificidades que permeiam o cuidado à população migrante e refugiada, tais como: documentação, legislação, diferenças culturais e linguísticas, discriminações e xenofobia. Além disso, ressaltaram a experiência da Oficina como importante estratégia para instrumentalização profissional no cotidiano das unidades de saúde
Análise Crítica No contexto migratório brasileiro, populações mais vulneráveis apresentam importantes necessidades de acesso a serviços básicos, como os de saúde. Ainda que o direito à saúde seja universal e gratuito no Brasil, a população migrante e refugiada enfrenta barreiras significativas de acesso aos serviços, em destaque a falta de qualificação dos profissionais. Nesse contexto, capacitar profissionais da AP assume lugar estratégico pela proximidade desse nível de atenção na vida da população
Conclusões e/ou Recomendações O incremento do fluxo migratório global, com impacto direto no Brasil, têm exigido aprofundar o debate sobre as especificidades de populações migrantes e refugiadas. Nesse sentido, qualificar e sensibilizar profissionais que atuam diretamente no cuidado, faz com que diferenças que atravessam populações tão diversas não se traduzam em exclusões, além de reduzir o hiato entre os serviços disponíveis e as reais necessidades em saúde desta população
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