Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC3.11 - OS DESAFIOS DA SUPERAÇÃO DAS DESIGUALLDADES NOS TERRITÓRIOS E POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS

40965 - UM NOVO TRILHO DA SAÚDE: SATISFAÇÃO DE MORADORES DE UM TERRITÓRIO EM VULNERABILIDADE NO SUL DE SANTA CATARINA SOBRE O ACESSO A REDE DE SAÚDE PÚBLICA
LISIANE TUON - UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC), RAFAEL ZANERIPE DE SOUZA NUNES - UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC), MARCOS BAUER - UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC), LETÍCIA MONTEIRO BETTIOL - UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC), MARIA EDUARDA OLIVEIRA CARDOSO - UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC), ANÍBAL JOSÉ SIEBER DARIO - UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC), LUCIANE BISOGNIN CERETTA - UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC)


Apresentação/Introdução
A garantia de acesso aos serviços de saúde em territórios de vulnerabilidade requer um olhar aprofundado de profissionais e gestores de saúde, tendo em vista as barreiras assistências que os usuários encontram ligadas a diversos determinantes sociais de saúde. Desse modo, é necessário a análise territorial priorizando a percepção dos usuários sobre as necessidades locais.

Objetivos
Descrever a satisfação dos moradores de um território de ocupação e vulnerabilidade no sul de Santa Catarina sobre o acesso aos Hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Metodologia
Trata-se de um estudo transversal, quantitativo de natureza descritiva e exploratória, realizado em um território de ocupação de uma linha ferroviária de um município do sul catarinense. Os dados foram coletados por um questionário elaborado pelos autores sobre fatores determinantes de saúde, utilizando-se o aplicativo EpiCollect, e posteriormente analisados pelo software Stata 14.0. Dentre as variáveis selecionadas do banco de dados, procurou-se descrever a percepção dos moradores sobre a assistência em três pontos da rede de saúde local: Hospital, UPA, e UBS. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sobre o CAAE: 58593922.4.0000.0119.

Resultados
Dos pesquisados, a média de idade foi de 44 anos sendo a menor idade 18 e maior 74, a maioria (92%) é do sexo feminino, e tem fundamental incompleto (64%). Além disso, 44% dos participantes são casados e ganham entre 0 e 2 salários mínimos (92%). Quando avaliado a percepção da assistência recebida na rede de saúde local, referente aos hospitais, respostas mais prevalentes indicam ser ótimo (12%) ou bom (28%), quanto ao atendimento da UBS, os moradores descreveram em sua maioria como bom (40%) e regular (32%), e na UPA como bom (40%) e ótima (12%). Referente à assistência médica municipal, mais da metade da amostra (52%) disse ser bom, contudo, 20% dos moradores disse ser ruim ou muito ruim.

Conclusões/Considerações
A maior parte dos moradores apresentam-se satisfeitos com os serviços de saúde ofertados, com exceção dos serviços médicos, o qual apresentou uma dualidade em relação a percepção dos moradores. Ao analisar o percentual entre os serviços, a UPA apresentou o melhor percentual de satisfação, salientando que os usuários optam pelos serviços de média e alta complexidade na busca por respostas mais rápidas para suas necessidades de saúde.