Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC3.10 - EQUIDADE E INTEGRALIDADE NO CUIDADO DAS DOENÇAS CRÔNICAS

40616 - ASSOCIAÇÃO ENTRE MODOS DE DESLOCAMENTO PARA IR E VOLTAR DA ESCOLA E A PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
LARA DANIELE MATOS DOS SANTOS ARAUJO - UEFS, GILMAR MERCÊS DE JESUS - UEFS, LIZZIANE ANDRADE DIAS - UEFS, ANNA KAROLINA CERQUEIRA BARROS - UEFS, MAYVA MAYANA FERREIRA SCHRANN - UEFS, GRACIETE OLIVEIRA VIEIRA - UEFS, CAMILLA DA CRUZ MARTINS - UEFS, LÍVIA DO NASCIMENTO XAVIER - UEFS, LAÍS PINTO DA SILVA TOSTA - UEFS, EDUARDO SILVA DE MACEDO - UEFS


Apresentação/Introdução
O excesso de peso entre crianças e adolescentes têm se mostrado elevado, podendo perdurar até a vida adulta e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Os deslocamentos ativos (caminhando/pedalando) para a escola contribuem para a atividade física diária dos jovens e, desse modo, podem auxiliar no controle do peso corporal. Por outro lado, deslocamentos passivos associam-se ao excesso de peso.

Objetivos
Analisar a associação entre modos de deslocamento para ir e voltar da escola e o excesso de peso entre crianças e adolescentes.

Metodologia
Estudo transversal com estudantes de escolas públicas em Feira de Santana, Bahia (n = 2435; 7-12 anos; 53,2% de meninas; IMC: 17,5±3,5Kg/m²). Modos de deslocamento (ativos: caminhando, pedalando; passivos: carro, ônibus, moto, van, caminhão, carroça) foram investigados com questionário online (Web-CAAFE), a partir das questões “Como você veio/voltou para/da escola ontem?”. Peso e estatura foram aferidos para cálculo do IMC. Pontos de corte da IOTF classificaram o excesso de peso (sobrepeso+obesidade). Razões de Prevalência (RP) e Intervalos de Confiança de 95% (IC95%) foram estratificados por sexo, por meio de Regressão de Poisson múltipla (co-variáveis: idade, atividade física diária).

Resultados
Excesso de peso ocorrem em 19,9% da amostra. As prevalências de modos de deslocamento para ir e voltar da escola foram: caminhar 73,8%, pedalar 11,7%, ônibus 5,8%, carro 12,6%, moto 11,9%, van 4%, caminhão 0,7%, carroça 1,1%. Entre os meninos, ir e voltar de carro para a escola foi positivamente associado ao excesso de peso (RP=1,60; IC95%: 1,08-2,37). Entre as meninas, o deslocamento de moto se associou positivamente ao excesso de peso (RP=1,47; IC95%: 1,02-2,13). Deslocamentos de ônibus, van, caminhão, carroça, pedalando e caminhando não se associaram ao excesso de peso na amostra. Não houve interação com atividade física diária.

Conclusões/Considerações
Os resultados mostram associação positiva entre modos de deslocamento passivo (carro e moto) com o excesso de peso em ambos os sexos. Estimular o deslocamento ativo para ir e voltar da escola pode ter efeito positivo no controle do peso corporal, por sua contribuição na atividade física diária. Contudo, são necessárias políticas públicas voltadas para a segurança e estrutura nas rotas de deslocamento entre as residências e as escolas.