22/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.9 - RASTREAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO NA ATENÇÃO AO CANCER |
40027 - TEMPO PARA INICIO DO TRATAMENTO DE CANCER DE COLO DO ÚTERO EM MULHERES DIAGNOSTICADAS ENTRE 2013 E 2019 NO SUS JEANE GLAUCIA TOMAZELLI - INCA, CAROLINE MADALENA RIBEIRO - INCA, LUCIANA LEITE DE MATTOS ALCANTARA - UFRJ, VANIA REIS GIRIANELLI - FIOCRUZ, ÉDNEI CESAR DE ARRUDA SANTOS JUNIOR - UFRJ, GULNAR AZEVEDO SILVA - IMS/UERJ
Apresentação/Introdução O câncer de colo do útero apesar de prevenível e com a realização de ações controle no Brasil desde final da década de 80 é o terceiro câncer mas incidente em mulheres no país, excluído o câncer de pele não melanoma. Foi estimado para 2020, no país, uma taxa de incidência de 12,7 e de mortalidade de 6,3 por 100.000 mulheres.
Objetivos Avaliar a proporção de mulheres tratadas que apresentaram tempo para inicio do primeiro tratamento de câncer do colo do útero no SUS superior a 60 dias no Brasil e grandes regiões, utilizando dados do PAINEL-Oncologia.
Metodologia Estudo descritivo utilizando dados públicos do PAINEL-Oncologia entre 2017 e 2020 disponibilizados no Tabnet do Datasus. Foram levantados os dados de mulheres com idade entre 25 a 64 anos diagnosticadas com câncer de colo do útero e o tempo para inicio do tratamento, o qual foi categorizado em menor de 60 dias e 60 dia ou mais (atraso), para Brasil e regiões. Calculou-se a proporção de mulheres com atraso para início do tratamento por ano tendo como denominados o total de mulheres diagnosticadas no ano.
Resultados Entre 2013 e 2017, com exceção da região Sul, todas as regiões apresentaram atraso para mais da metade das mulheres diagnosticadas com câncer de colo do útero, com proporções que variaram de 50% (Sul) a 70% (Norte). A partir de 2017 observou-se redução na proporção de atraso, verificando-se que mais da metade das mulheres diagnosticadas em 2019 foram tratadas em até 60 dias, com exceção da região Norte (59,7%).
Conclusões/Considerações A proporção de mulheres tratadas em até 60 dias se manteve estável até 2017 indicando que menos da metade das mulheres diagnosticadas foram tratadas no tempo estabelecido na Lei, ou seja, em até 60 dias. A mudança observada na tendência, iniciada para algumas regiões em 2017 e outras em 2018, sugere que mais mulheres estão sendo tratadas dentro de 60 dias, conforme preconizado pela Lei.
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