Sessão Assíncrona


SA1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS (TODOS OS DIAS)

43623 - MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL E PORTUGAL: ANÁLISE DE SÉRIE TEMPORAL
NAYSA FARIAS BARROS - UEFS, MARIA CONCEIÇÃO OLIVEIRA COSTA - UEFS, CHRISTIANNE SHEILLA LEAL ALMEIDA BARRETO - UEFS, MAGALI TERESÓPOLIS REIS AMARAL - UEFS, LORENA RAMALHO GALVÃO - UEFS, WANESSA OLIVEIRA ROSARIO - UEFS, CAROLINE ANDRADE ARAUJO - UEFS


Apresentação/Introdução
A mortalidade infantil (MI) é um importante indicador de avaliação da qualidade de vida da população. Países com maiores diferenças na distribuição de renda apresentam piores resultados de saúde. Essa associação tem sido demonstrada tanto nos países de alta renda, como Portugal, quanto nos países ainda em desenvolvimento, como o Brasil; países com laços históricos, mas com expressivas diferenças.

Objetivos
Traçar o perfil da mortalidade infantil, no Brasil e em Portugal, no período de 2008 e 2017, analisando o Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI), e de seus componentes, e a evolução relacionada ao fenômeno, nas diferentes realidades.

Metodologia
Estudo de série temporal, sobre dados de Mortalidade Infantil, do Brasil e Portugal, no período de 2008 a 2017. Foram utilizados o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), do Brasil, e Instituto Nacional de Estatística (INE), de Portugal, para coletar informações relativas à variação temporal de óbitos infantis e nascimentos, a fim de obter os Coeficientes de Mortalidade Infantil (CMI) e de seus componentes: CMNeonatal (Precoce e Tardio) e CMPós-neonatal, bem como do CMI específico, por causa de morte. Na análise e processamento estatístico utilizou-se a linguagem computacional e estatística conhecida como "R project".

Resultados
Entre 2008 e 2017, foram observadas quedas nos CMI’s, tanto do Brasil quanto de Portugal, com reduções também para seus componentes: Neonatal (Precoce e Tardio) e Pós-neonatal. Quanto à causa da morte dos menores de um ano, a maior parte dos óbitos teve como causa as categorias relacionadas ao Feto ou recém-nascido, afetados por fatores maternos e complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto e Transtornos relacionados com a duração da gravidez e com o crescimento fetal, para ambos os países.

Conclusões/Considerações
O CMI teve evolução decrescente, no período analisado, para os dois países, sendo o componente Pós-neonatal o maior responsável por essa redução. Os óbitos foram mais frequentes por causas evitáveis. Tais achados do estudo contribuem para compreender o comportamento da mortalidade infantil em países com realidades distintas, bem como fortalecer a relevância dos investimentos e estratégias governamentais para redução da mortalidade infantil.