Sessão Assíncrona


SA1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS (TODOS OS DIAS)

43132 - TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO COMPULSIVA: RELATO DO PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO NO ACOMPANHAMENTO
ALINE TIBILLETTI SANTOS DO CARMO - UFPR, MARCIA OLIVEIRA LOPES - UFPR, VIVIEN MIDORI MORIKAWA - UFPR, POLIANA VICENTE DE SOUZA - UFPR, JULIEANNE REID ARCAIN - SECRETARIA DE SAÚDE DE PIRAQUARA


Período de Realização
A experiência teve início em 2020 e segue sendo vivenciada atualmente.

Objeto da experiência
Acompanhamento de caso de comportamento de acumulação compulsiva pela equipe de saúde de uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Objetivos
Relatar a experiência do ponto de vista da medicina veterinária sobre comportamento de acumulação compulsiva, considerando o contexto da Saúde Única, de um caso acompanhado pela equipe de Saúde da Família, com objetivo de enfatizar o papel do médico veterinário como profissional de saúde.

Metodologia
Por meio da ferramenta de visita domiciliar, é possível avaliar in loco e acompanhar pessoas com perfil de comportamento de acumulação compulsiva. Uma vez que exista envolvimento de animais, o médico veterinário encontra um ponto em comum para aproximação, que permite a criação de vínculo entre usuária e profissional. Em uma sequência de visitas foi aplicado instrumento de observação para auxiliar na identificação de riscos sanitários, ambientais à saúde dos indivíduos e dos animais

Resultados
A partir de visitas frequentes e sensibilização da usuária que acumulava objetos para reciclagem, partiu da mesma o pedido para remoção dos materiais e limpeza do terreno. Com o fortalecimento do vínculo com os profissionais, a usuária passou a procurar a UBS quando julgava necessário. Visando a ampliação do atendimento foram envolvidos o Centro de Assistência Social e a Secretaria do Meio Ambiente no apoio às ações como auxílio no processo de fortalecimento do vínculo familiar da usuária.

Análise Crítica
Mesmo com adesão e as estratégias de manejo integrado do ambiente, é comum a falta de envolvimento familiar, bem como o retorno à novas acumulações. Pessoas com comportamento de acumulação ainda são vistas sob um olhar carregado de preconceito. Cabe aos profissionais do território o envolvimento em ações intersetoriais que busquem a promoção da saúde da pessoa e do ambiente, a prevenção a agravos e a elaboração de estratégias de acompanhamento longitudinal.

Conclusões e/ou Recomendações
É compreensível a dificuldade de criar e fortalecer o vínculo com esse grupo de pessoas, pois demanda recursos nem sempre disponíveis no âmbito do SUS, sendo relevante o relato de experiências positivas. A experiência vivida demonstra como ações de escuta ativa, envolvimento multiprofissional e alinhamento com outros setores governamentais podem trazer resultados benéficos para usuários e familiares, e para o ambiente e comunidade do entorno.