Sessão Assíncrona


SA1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS (TODOS OS DIAS)

42345 - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NA SAÚDE HUMANA: UM ESTUDO EM COIMBRA, PORTUGAL
FÁTIMA ALVES - UAB/CFE/UNIVERSIDADE DE COIMBRA (UC)/ PORTUGAL, KARINE WLASENKO NICOLAU - ISC-UFMT/ BRASIL/ CFE/UAB/UC/ PORTUGAL, DIOGO GUEDES VIDAL - CFE/UAB/UC/ PORTUGAL


Apresentação/Introdução
Os impactos na saúde humana resultantes das alterações climáticas são uma preocupação emergente para a saúde ambiental. O estudo apresentado abordou as alterações cimáticas, em especial as ondas de calor e de frio extremo ocorridos em Portugal, região de Coimbra, nos últimos 35 anos. O estudo, conduzido pelo Centre for Functional Ecology (CFE), também considerou a condição socioeconômica da população.

Objetivos
Analisar impactos das alterações climáticas sobre a mortalidade humana na região de Coimbra, centro de Portugal.

Metodologia
O estudo reuniu informações do NatCatSERVICE Database dos últimos 35 anos (1982-2017) relacionados às ondas de calor e de frio extremos na região de Coimbra, Portugal, associando-as à saúde humana. Para tanto, avaliou a relação entre temperaturas diárias, excesso de mortalidade e condição socioeconômica da população, adotando um índice de privação baseado na distribuição populacional, oferta de serviços de saúde, condições de moradia e características socioeconômicas individuais.

Resultados
Os resultados informam que o risco de mortalidade aumenta com a intensidade ou maior duração das ondas de calor ou de frio extremo; que são exacerbadas em ambientes urbanos pelo chamado efeito ilha de calor urbano, por exemplo, no caso das ondas de calor, afetando especialmente grupos vulnerabilizados, como idosos(as). O aumento da mortalidade e morbidade aumenta com a idade. No entanto, as condições de vida, as privações socioeconômicas e as desigualdades no acesso aos serviços de saude interferem decisivamente nos desfechos apresentados, em particular a aclimatação.

Conclusões/Considerações
As alterações climáticas apresentam-se como questões inadiáveis de saúde pública e exigem atenção a grupos vulnerabilizados, como idosos(as). Contudo, trata-se de fomentar mudanças que vão além dos serviços de saúde, envolvendo mudanças estruturais no meio urbano e nas relações ecológicas estabelecidas com o próprio planeta, a fim de, ao menos, minimizar seus efeitos deletérios, por meio de ações locais, em um cenário de alterações globais.