Sessão Assíncrona


SA1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS (TODOS OS DIAS)

42320 - O PERFIL DOS NASCIDOS VIVOS NAS REGIÕES DE SAÚDE DO ESTADO DE SANTA CATARINA NO ANO DE 2019.
ALINE PIACESKI ARCENO - UFSC, KATIA GUSTMANN - UDESC


Período de Realização
Estudo realizado de dez./2021 a mar./2022 com dados de natalidade de Santa Catarina (SC) de 2019.

Objeto da experiência
Foram analisados todos os nascidos vivos (NV) de residentes das regiões de saúde de SC ocorridos em 2019.

Objetivos
Traçar o perfil epidemiológico dos NV nas diferentes regiões do estado de SC em 2019, assim como avaliar a assistência pré-natal (PN) utilizando o índice de Kotelchuck (IK), tendo como fonte de dados o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC).

Metodologia
Mediante estudo transversal calculou-se indicadores de saúde e assistência, segundo característica da mãe, da criança e da gestação/parto. A taxa de fecundidade (TF) foi estimada a partir do somatório das taxas específicas por faixa etária. O IK, que avalia a relação entre a época de início do acompanhamento e o número de consultas realizadas, foi utilizado para avaliar a assistência PN. Foram utilizados dados públicos anonimizados tabulados com Tabwin e Excel.

Resultados
Alto Vale do Rio do Peixe apresentou a maior proporção de mães adolescentes (17,4%), Serra Catarinense a menor escolaridade materna (30,9% de 0 a 3 anos de estudo), e Extremo Sul a maior proporção de mães solteiras (57,7%). Alto Uruguai Catarinense obteve maior proporção de baixo peso (13% menor de 2.500g), prematuridade (19,7% menor de 37 semanas), cesariana (79,6%), mães com 12 anos e mais de estudo (27,7%), e melhor IK (86,8%). A maior TF foi no Oeste (5,5 filhos esperados por mulher).

Análise Crítica
O IK avalia a qualidade da assistência PN considerando seu início no primeiro trimestre e a realização mínima de seis consultas durante a gestação. O Alto Uruguai Catarinense se destacou com a maior proporção de gestantes com acesso mais que adequado ao PN, no entanto apresentou alto índice de cesárea, prematuridade e baixo peso, que associado a alta escolaridade materna, também destaque na região, reflete possíveis indicações equivocadas de parto cirúrgico em detrimento ao parto normal.

Conclusões e/ou Recomendações
Mesmo na região com maior proporção de PN classificado como mais que adequado, prevalece alta proporção de prematuridade e baixo peso ao nascer, o que demonstra a necessidade de parâmetros mais específicos de avaliação da qualidade da assistência prestada. Além disso, as disparidades entre as regiões de saúde do estado indicam a necessidade de estratégias diferenciadas para o atendimento qualificado à mulher e à criança no PN, parto e pós-parto.